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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

HIPOGLICEMIA NEONATAL

Hipoglicemia neonatal

Embora também seja conhecida por ocorrer em bezerros e cordeiros, é melhor

documentada em leitões < de 1 semana de idade. Complicação final antes da morte

em muitas doenças, representa 15 a 35% da mortalidade total de leitões. A

discussão a seguir centra-se em leitões.

Etiologia

– Com uma habilidade gliconeogênica apenas parcial, reservas de
energia limitada, e essencialmente nenhuma gordura marrom, os leitões recém-nascidos

dependem de reservas de glicogênio e, o mais importante, de aleitamento

freqüente. A predisposição à hipoglicemia dos leitões ocorre com qualquer doença

da porca que diminua ou iniba a produção ou a descida do leite. Um tamanho grande

de ninhada, em conjunto com o número inadequado de tetas, impossibilitam um

aleitamento apropriado; a colocação inapropriada de uma barra inferior na baia de

parição, o que prejudica o acesso ao úbere, pode levar a um consumo inadequado de

leite e hipoglicemia.

A temperatura crítica para leitões recém-nascidos é de

, 35oC. Os leitões
apresentam uma resposta metabólica eficiente ao frio e uma vasoconstrição

periférica completamente funcional, mas sua carência de gordura subcutânea de

isolação (até 1 a 2 semanas de idade) permite acentuada perda de calor. Em

ambientes úmidos ou com correntes de ar, em pisos frios, ou em baixas temperaturas

ambientes, a manutenção da temperatura corporal exige rápida utilização de

glicose, o que esgota as reservas de glicogênio; se o consumo de leite for reduzido,

podem ocorrer hipoglicemia e morte.

Achados clínicos

– Um ou mais leitões de uma ninhada podem estar envolvidos.
Inicialmente, o comportamento muda de sucção vigorosa ou brincadeira

alternando com sono, para prostração solitária. Os suínos afetados caminham

sem direção, com andadura cambaleante, choram fracamente e são muito ma-

Manejo, Criação e Nutrição, Introdução 1322

gros, com a pele úmida, fria e pálida; são hipotérmicos, têm tono muscular ruim e

não respondem a estímulos externos. À medida que a incoordenação aumenta, os

leitões podem ficar em pé com as pernas tortas, e segue-se decúbito lateral ou

esternal. Terminalmente, exibem convulsões com mastigação ruidosa das mandíbulas,

salivação, opistótono, nistagmo, contração de membro anterior e posterior,

coma e morte. Muitos leitões afetados são esmagados pela porca.

Os níveis séricos de glicose caem de um normal de 90 a 130mg/dL para tão baixo

quanto 5 a 15mg/dL; os leitões afetados geralmente manifestam sinais clínicos

quando os níveis estão < 50mg/dL.

Diagnóstico

– Qualquer afecção que prejudique o consumo alimentar dos
suínos neonatos é um problema diagnóstico potencial. Geralmente, no entanto,

pode-se diagnosticar hipoglicemia, pelo escame da porca e do ambiente, à procura

de fatores predisponentes, e a resposta do leitão à glicoterapia.

Tratamento e profilaxia

– O tratamento consiste em 15mL de glicose 5% IP. Os
suínos tratados devem ser colocados sob uma lâmpada de aquecimento ou em um

ambiente equivalentemente quente. A resposta se segue em 5 a 10min, com

tremores e mais atividade. Os leitões severamente hipoglicêmicos e hipotérmicos

podem não responder. Tem-se que providenciar um consumo de energia assegurado

para se evitar recidiva.

Se a ocitocina não promover a descida do leite na porca, podem-se administrar

intragastricamente 20mL de dextrose a 5%, colostro de vaca ou leite evaporado

diluído pela metade com água, para cada leitão através de uma pequena cânula

plástica (com cuidado, para evitar danos aos divertículos faríngeos), ou pode-se

repetir glicose IP a cada 4 a 6h. Os leitões ativos aprendem rapidamente a beber em

um prato. O aleitamento adotivo dos leitões é possível em grupos de unidades de

parição; a maioria das porcas aceita leitões introduzidos silenciosamente durante o

período da descida do leite. A distribuição das ninhadas de tamanho irregular pode

reduzir a mortalidade por inanição e hipoglicemia. Qualquer doença primária da

porca deve ser tratada efetivamente e quaisquer falhas dentro do ambiente devem

ser corrigidas. Os leitões devem ser mantidos em uma área de trânsito livre de

correntes de ar, aquecida a 35

oC durante a primeira semana de vida. Os leitões
estressados pelo frio e marginalmente hipoglicêmicos são mais suscetíveis a

doenças intestinais e outras doenças neonatais.

Enviada por:
Gustavo Farias. Ac. Medicina Veterinária

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