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domingo, 16 de março de 2008

CALDA BORDALEZA

A calda bordalesa é um tradicional fungicida agrícola, resultado da mistura simples de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e água. Tem eficiência comprovada sobre numerosas doenças fúngicas da videira, caquizeiro, citros e de outros cultivos. Possui também ação contra bactérias e determinadas pragas. A aplicação deve ser feita preventivamente, com alta pressão, formando uma finíssima camada, que recobre os ó rgãos vegetais dando boa aderência nas chuvas e proteção - contra a instalação de doenças. Muitas são as vantagens do emprego da calda bordalesa. Tem baixo custo, muito menor que os demais defensivos, por ser produzida na propriedade. Não deixa resíduos tóxicos, com reduzido efeito sobre o homem e a natureza. Nas plantas, além da ação fungicida, fortalece as folhagens, fornece nutrientes importantes, como cálcio, cobre e enxofre, e pode ser acrescida de micronutrientes na forma de sulfatos, com vantagens. É uma excelente opção ao agricultor pela redução dos custos e para atender à crescente exigência de produtos mais naturais.

O preparo da calda bordalesa
Dissolver o sulfato de cobre num balde plástico ou em outro recipiente que não seja metal em 10 ou mais litros de água.Diluir essa solução concentrada numa caixa de cimento ou amianto com o volume necessário de água para a aplicação, mexendo bem.
Em outro recipiente, em 10 ou mais litros de água, dissolver a cal hidratada, formando um leite de cal. No caso de utilizar cal virgem é necessário hidratá-la, antes do preparo, com muito cuidado, pois trata-se de um processo exotérmico, ou seja, com desprendimento de calor e gases. O processo mais rápidoé misturá-Ia, em um balde de lata, com pouca água, formando uma pasta mole até sua efervescência e resfriamento. Outro processo de hidratação, mais lento e menos efervescente, consiste em colocar quatro partes de água no tambor de metal ou caixa de amianto ou cimento e, a seguir, uma parte de cal, deixando em repouso por 24 horas. Exemplo: para 120 litros de água, colocar 30 quilos de cal.
Adicionar lentamente o leite de cal na solução cúprica,mexendo para misturar bem. Verificar o pH da calda. Casoesteja ácida (pH menor que 7), adicionar mais leite de cal até asua neutralização (pH igualou superior a 7).
Utilizar cal virgem (em pó) com teor de óxido de cálcio acima de 90% e rápida reação com água. A cal hidratada deve ser nova. O sulfato de cobre (25%) deve ter elevada pureza (99%), para não afetar a qualidade da calda.
A calda pronta deve ser aplicada no mesmo dia do preparo, com elevada pressão (em torno de 150 libras) em período fresco, sem chuvas.
A calda deve ser neutra ou alcalina, havendo diferentes recomendações para cada cultura. A calda neutra (pH 7) é compatível com muitos defensivos, porém, quando alcalina (pH maior que 7), é incompatível com a maioria dos defensivos agrícolas.
A análise do pH da calda pode ser feita com papel de tornassol ou colocando-se algumas gotículas numa lâmina de ferro por alguns minutos. Caso esteja ácida, reage com o metal, mostrando á área parda. Quando neutra, não afeta o metal, sem qualquer formação ferruginosa.
A calda bordalesa deve ser aplicada preventivamente. Os tratamentos devem ser feitos sempre em pré e pós-florada, para não afetar o pegamento das flores.
Após a aplicação da calda bordalesa, dar um intervalo de 25-30 dias para aplicar a calda sulfocálcica. A bordalesa pode ser aplicada 15 dias após a sulfocálcica.
Para evitar corrosão, os equipamentos e metais podem ser lavados com solução aquosa de 25% de ácido acético (vinagre) mais duas colheres de chá de óleo mineral.
Seguir todas as recomendações quanto ao emprego dos demais defensivos agrícolas.
Uso da calda bordalesa
Não é possível indicar uma concentração fixa para o uso da calda bordalesa, pois as condições climáticas locais, o tipo ou a espécie hortícola, a fase da cu1tura e a forma de condução podem interferir na concentração dos ingredientes. Para evitar riscos de fitotoxicidade e queima de folhas e frutos, o produtor deve fazer um teste em poucas plantas, podendo aplicar em toda a área depois de observado o seu efeito. A introdução da calda bordalesa num programa de tratamento fitossanitário deve ser gradativa, para que o produtor conheça o seu potencial de uso. Não descartamos o emprego dos defensivos convencionais, os quais podem combater moléstias não controladas pela calda bordalesa.
Sugestões quanto à concentração da calda bordalesa
Fruteiras tropicais (abacate, citros, goiaba, manga, maracujá): aconcentração é de 600 a 1.000 g de sulfato de cobre + 600 a 1.000g de cal virgem em 100 litros de água. Fruteiras de clima temperado (uva, figo, caqui e outras): de 300a 800 g de sulfato de cobre + 600 a 1.600 g de cal virgem em 100 litros de água. Cafeeiro: a calda bordalesa pode ser feita com 1.500 g de sulfato de cobre + 1.500 g de cal virgem em 100 litros de água. Hortaliças: nas culturas de batata, berinjela, pimentão, tomate, podem ser testadas concentrações elevadas (com exceção da fase inicial): de 600 a 1.000 g de sulfato de cobre + 600 a 1.000 g de cal virgem em 100 litros de água. Cucurbitáceas (abóbora, abobrinha e outras) e morango): empregar concentrações menores, de 300 a 500 9 de sulfato de cobre + 300 a 500 g de cal virgem em 100 litros de água.
PARA MAIORES INFORMAÇÕES PROCURE UM TÉCNICO

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