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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Bahia recebe da OIE status de zona livre de aftosa

Suspensão do embargo facilita o comércio exterior de carne bovina produzida no estado

Adriana Patrocínio
A Bahia volta a ser reconhecida internacionalmente como zona livre de febre aftosa com vacinação. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) devolveu ao estado o status perdido em outubro de 2005, quando ocorreu o foco da doença no Mato Grosso do Sul e Paraná. Além da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal voltam a ter o reconhecimento da OIE. A decisão, anunciada ontem pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, promete abrir novos mercados para a carne brasileira. Em território baiano, a expectativa é de que os frigoríficos possam exportar para quase todos os países.


“O país atingirá um novo status internacional em relação à saúde animal”, declarou Stephanes, ontem, ao ser informado sobre a suspensão do bloqueio para exportação da carne brasileira. O anúncio oficial é aguardado para hoje, em Paris, durante a 76a Sessão Geral Plenária da OIE. Após os eventos sanitários que envolveram os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, a Bahia e outros estados voltaram a ser reconhecidos como zona livre de febre aftosa com vacinação apenas pelo governo brasileiro.


Segundo o diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Altair Santana de Oliveira, atualmente a Bahia não está exportando carne bovina, embora já conte com cerca de oito frigoríficos com inspeção federal. Alguns estabelecimentos, como o Bertim, em Itapetinga, estão em fase de incremento da capacidade de abate, para iniciar as vendas para o mercado externo. Para o pecuarista Marco Brandão, do município baiano de Anguera, “além do incentivo às exportações, a decisão da OIE vai ajudar a elevar o valor da carne no mercado baiano, em função do aumento da demanda”.


Exigências - A inspeção federal nos frigoríficos, no entanto, não é a única porta a ser aberta para conseguir espaço no mercado internacional. É preciso se adequar a diversas outras exigências, envolvendo principalmente segurança alimentar, instalações e equipamentos. “É um absurdo, um estado como a Bahia, com um rebanho de 12 milhões de cabeças, não atuar no exterior. É um atraso que precisa ser resolvido urgentemente”, critica Oliveira, acrescentando que, apesar dos esforços para atender às determinações do mercado internacional, alguns países, como Estados Unidos e Japão, só aceitam carne bovina de países livre de febre aftosa sem vacinação. Apenas o estado de Santa Catarina ostenta o status de livre de aftosa sem vacinação no país (quando não há mais a necessidade de aplicação de vacinas nos animais).


Na avaliação do dirigente, a Bahia, assim como outros estados, “foi punida injustamente” diante do episódio da febre aftosa no Sul do país. “Essa medida foi sem cabimento. Basta olhar a distância entre a Bahia e os estados envolvidos e prejudicados”, disse. Ele ressalta ainda que a obtenção do reconhecimento internacional como zona livre de aftosa com vacinação vai proporcionar à Bahia, além da ampla possibilidade de exportação da carne bovina, a exportação também de materiais de multiplicação animal e do próprio animal vivo, além da facilidade para participar de eventos internacionais.

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