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domingo, 1 de junho de 2008

Greve na Aged pode prejudicar agronegócios no Maranhão

MATERIA DO JORNAL O ESTADO DO MARANHÃO, POR FAVOR REPASSE PARA NOSSOS COLEGAS.
Greve na Aged pode prejudicar agronegócios no Maranhão



Cezar Scanssette
Da equipe de O Estado

Com a greve dos servidores da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), desde o início da semana criadores de gado de todo o Maranhão já se preocupam com os prejuízos caso seja interrompida por mais tempo a campanha de vacinação contra a febre aftosa. Além disso, eventos de negócios agropecuários, como a Agrobalsas, iniciada nesta semana, podem ser prejudicados, pois a fiscalização e o trânsito de animais e de grãos nos postos da Aged praticamente pararam, segundo o comando de greve.

Para Cláudio Azevedo, presidente da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem), ainda não foi possível fazer um balanço dos prejuízos, mas os criadores já contabilizam perdas nas exportações de carne interestaduais. Até o fim da semana, a Ascem deve divulgar uma planilha com os prejuízos.

"Os negócios estão certamente prejudicados, mas o que preocupa ainda mais é um iminente retrocesso na campanha de vacinação contra a febre aftosa. Há risco da vacinação ser interrompida", alertou Cláudio Azevedo.

De acordo com Hamilton Cruz, presidente do Sindicato dos Fiscais da Aged (Sinfa), cerca de 350 servidores em todo o estado, desde fiscais de defesa agropecuária, assistentes técnicos agrícolas e auxiliares técnico-administrativos, que desde o ano passado reivindicam direitos e benefícios trabalhistas, como adicionais por insalubridade, por dedicação exclusiva e por interiorização

Fiscais e técnicos da Aged também reivindicam equiparação salarial com outros estados. Em números, o salário sem desconto de um técnico agrícola de nível médio é de R$ 650,00. Já um técnico de nível superior recebe R$ 1.200,00. Em Tocantins, por exemplo, um técnico de nível médio ganha R$ 1 mil e um de nível superior recebe R$ 2.020,00, valores esses acrescidos de gratificações.

Os servidores da Aged também querem passe-livre em terminais de ferry-boat durante o deslocamento para exercício da função; auxílio-alimentação; segurança nas barreiras sanitárias; gratificação sobre a arrecadação de impostos que incidem sobre produtos agropecuários; concurso público; elevação da atividade à condição de serviço essencial; auxílio-benefício; diferença salarial por titulação e equiparação de salários dos fiscais.

"Nós já fizemos duas greves de advertência, mas o governo não demonstrou qualquer interesse em negociar com as nossas reivindicações. Por isso, deflagramos greve geral por tempo indeterminado", destacou Hamiltom Cruz.

Aftosa

A campanha de vacinação contra a febre aftosa foi iniciada no dia 1° deste mês. De acordo com a lei estadual nº 7.386, de 16 de junho de 1999, e com o decreto estadual nº 20.036, de 10 de novembro de 2006, o produtor deve comprovar que imunizou o rebanho durante o período oficial de vacinação ou até 15 dias após o término. Como não há técnicos para acompanhar a vacinação, não é possível comprovar a imunização.

Para além da questão da febre aftosa, a greve interfere de forma decisiva na economia do estado já que donos de matadouros não abatem nenhum gado sem o aval técnico da Aged. Além disso, a exportação de madeira, frutas, legumes e vegetais não é permitida sem os guias de transporte, emitidos por meio de inspeção realizada pelos técnicos.



Matéia publicada no Jornal O Estado do Maranhão

Um comentário:

  1. gostaria de ter informações diarias a este conteudo, haja visto a necessidade de regularização do rebanho bovino em todo estado.

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