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quinta-feira, 3 de julho de 2008

GREVE DOS CORREIOS - Correios entram com ação na Justiça para considerar greve abusiva

FERNANDO ANTUNES
Colaboração para a Folha Online

A ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) entrou nesta quinta-feira com uma ação com pedido de liminar no TST (Tribunal Superior do Trabalho) para que a greve dos funcionários seja considerada abusiva e prejudicial à sociedade. De acordo com a assessoria da empresa, 28 milhões de objetos estão retidos nos depósitos em todo o Brasil devido à paralisação, iniciada à meia-noite de terça-feira.

Segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), 80% dos trabalhadores de 23 Estados e o Distrito Federal estão parados. Apenas os serviços em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins não foram interrompidos.

Nas contas dos Correios esse número é menor e atinge 38% do quadro de carteiros, em 22 Estados e Distrito Federal. Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins estão com os serviços normais, segundo a empresa.

Paraíba (84%) e Pernambuco (79%) são os Estados mais atingidos pela greve, apesar de representarem pouco na média nacional, segundo a assessoria. Em São Paulo, Estado com o maior volume de correspondências, 17% dos funcionários do setor operacional estão de braços cruzados.

A categoria reivindica o cumprimento integral de um compromisso assinado com a empresa em novembro de 2007. Os principais pontos do acordo não cumpridos são a incorporação de 30% de adicional de periculosidade nos salários, negociação do plano de carreira e participação nos lucros.

Rivaldo Gomes/Folha Imagem

Centro de Distribuição dos Correios vazio na vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo

Desde o início da paralisação os Correios mantêm o posicionamento de cortar o ponto dos grevistas. A empresa alega que o compromisso assinado em 2007 foi atendido e que tem pago um adicional de R$ 260.

Com a greve, os serviços com hora certa --Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta-, que garantem prazo de entrega, foram suspensos.

De acordo com os Correios, caso a greve terminasse hoje, o volume de 28 milhões de objetos em atraso no país seria regularizado em uma semana. Em dias normais, passam pelos depósitos da empresa 33 milhões de objetos. Se considerados apenas o volume na capital paulista e na região do ABC, o movimento é de 18 milhões de itens por dia.

Campanha salarial

Segundo o sindicalista da Fentect José Gonçalves, nesta sexta-feira a categoria irá entregar aos Correios a pauta de reivindicações relativa à campanha salarial nacional 2008/2009.

Gonçalves informou que os trabalhadores pedirão cerca de 40% de reajuste salarial referente a perdas desde 1994, mais R$ 200 de aumento real para todos os funcionários e aumento no valor do vale refeição para R$ 25.

Além disso, no documento que será entregue a empresa constará uma clausula que cria um gatilho salarial em caso de picos de inflação. "A gente pede um reajuste automático toda vez que a inflação atingir 3%". A data-base da categoria é agosto e a pauta será negociada entre as partes.

Os Correios afirmam que os ganhos dos empregados, especialmente aqueles nos cargos de nível básico e médio, entre os anos de 2003 e 2007, foram superiores aos reajustes do salário mínimo e do INPC.

"Em janeiro de 2003, o salário base inicial do carteiro era de R$ 395,94, enquanto hoje ele recebe R$ 603,66, além do adicional fixo de R$ 260,00, vale alimentação, assistência médica e odontológica, dentre outras vantagens", afirma a empresa.

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