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sábado, 30 de agosto de 2008

Gado da Ilha do Bananal é tema de reunião na segunda-feira

Com o objetivo de definir a vacinação dos animais que ainda estão na Ilha do Bananal, o presidente da Adapec – Agência de Defesa Agropecuária, Humberto Camêlo, se reunirá com o procurador da República, Álvaro Manzano, e representantes da Funai – Fundação Nacional do Índio e da Justiça. O encontro ocorrerá no gabinete de Manzano, na Procuradoria da República, em Palmas, na segunda-feira, dia 1º, às 10h.

Segundo Camêlo, a vacinação contra febre aftosa dos animais da Ilha completou neste mês um ano, e o gado deveria receber mais uma dose da vacina. "Todos os animais já retirados da Ilha foram vacinados, mas os que continuam lá precisam receber o reforço já que podem ficar vulneráveis à contaminação da enfermidade e colocar a sanidade do rebanho tocantinense em risco", explica o presidente, dizendo que a intenção da reunião é resolver este impasse.

O presidente alerta que com a chegada do período chuvoso, em outubro, ficará impossível retirar ou vacinar o rebanho no local, devido aos alagamentos típicos da região. "Por isso, o caso deve ser resolvido rapidamente, se necessário, com o reforço da Polícia Federal para que os técnicos da Agência entrem e vacinem o rebanho restante", completa Camêlo.

De acordo com dados da Adapec, já foram retirados da Ilha do Bananal 57.751 cabeças de gado, sobrando ainda na região cerca de 37 mil animais.

Retirada
Para que a retirada do rebanho ocorra em conformidade com a legislação sanitária, os animais devem ser retirados através de corredores sanitários (rotas) estabelecidos pelos órgãos de Defesa Sanitária de cada estado envolvido (Goiás, Mato Grosso e Tocantins), direto para uma das propriedades definidas pelo Serviço Veterinário Estadual para serem vacinados contra a febre aftosa. Após a imunização, é emitida imediatamente a GTA – Guia de Trânsito Animal - do gado para a propriedade de destino, que por no mínimo 15 dias, fica sendo supervisionada pelo Serviço Veterinário de cada Estado.

Entenda
Em despacho da Justiça Federal no Tocantins, foi determinado em março deste ano, aos criadores de gado que ocupavam áreas na Ilha do Bananal, que retirassem seus rebanhos e pertences e desocupassem o Parque Indígena do Araguaia. A decisão é resultado de um processo iniciado com ação civil pública proposta em 1999.

Segundo o MPF, a situação é danosa para o ecossistema, que sofre com a presença do gado e de centenas de pessoas que se dedicam a atividades predatórias, e também para os indígenas, que são privados de usufruir com exclusividade a terra por eles ocupadas.

O complexo da Ilha do Bananal, com cerca de 2 milhões de hectares de área, tem afetação administrativa de caráter duplo, porque abriga o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Indígena do Araguaia, que somados perfazem a totalidade da Ilha do Bananal.



Andressa Figueiredo

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