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sexta-feira, 1 de agosto de 2008


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta terça-feira (29), em Candeias (BA), a diretoria da Petrobras Biocombustível, que administrará os projetos de produção de biocombustíveis da Petrobras. Em seguida, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel, presidiu a primeira reunião do Conselho de Administração da nova empresa. Cassel afirmou que a nova empresa irá garantir um “salto produtivo” para a agricultura familiar, que ampliará a produção de alimentos.

A posse da diretoria e a reunião do Conselho de Administração ocorreram após a inauguração da primeira usina de produção da Petrobras Biocombustível. A unidade instalada em Candeias tem capacidade para produzir 57 milhões de litros/ano e pode operar com matéria-prima de origem vegetal (mamona, girassol, soja, algodão, etc.), animal (sebo bovino, suíno ou de frango), ou óleos e gorduras residuais usados em fritura de alimento.

Durante a inauguração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou o papel da agricultura familiar, responsável pelo fornecimento correspondente a 58% do valor total de compra da matéria-prima para o funcionamento da unidade de Candeias. “A agricultura familiar pode compatibilizar a produção do alimento que comemos com o combustível que precisamos para transportar esse alimento até aos consumidores brasileiros. Não há incompatibilidade. É só fazer um zoneamento agrícola correto, demarcar a área para cada coisa”.

“O que mais me motivava era o sonho que eu tinha de dar uma chance a uma parte do Brasil que historicamente não tinha chance, que era o Nordeste e o Norte”, completou o presidente, referindo-se ao compromisso de adotar os biocombustíveis como uma nova matriz energética. Lula lembrou que 46% da energia utilizada no Brasil é considerada energia limpa, se comparada com a energia produzida por países que são grandes poluidores.

O ministro Guilherme Cassel afirmou que a nova empresa irá garantir um salto produtivo aos agricultores familiares. “Nós estamos certos de que, com a Petrobras Biocombustível, os agricultores familiares passem não só a produzir mais oleaginosas para a produção de biocombustíveis, como também mais alimentos”. Especialmente neste momento em que o mundo preocupa-se com a alta no preço dos alimentos, reforçou o ministro, a participação da agricultura familiar é fundamental. “É ela que tem a tarefa de garantir maior produção, com alimentos diversificados, de melhor qualidade e mais baratos. E estamos confiantes que os agricultores e agricultoras familiares irão responder rapidamente a isto”.

Cadeia de produção

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli destacou que será montada “uma grande cadeia de produção baseada na agricultura familiar”. Até o momento, 28.922 produtores vinculados a cooperativas ou associações de agricultores familiares de 264 municípios da Bahia e Sergipe plantam oleaginosas (girassol e mamona) para o suprimento da usina de Candeias. Além de fornecer 205,2 toneladas de sementes de mamona e girassol certificadas pela Embrapa para os agricultores dos dois estados, a Petrobras contratou empresas de assistência técnica e extensão rural para orientar os agricultores durante o plantio e a colheita.

O volume de matéria-prima fornecido pela agricultura familiar (58% do valor total de compra) para a produção de biocombustível em Candeias habilita a Petrobras a obter o Selo Combustível Social. Concedido pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) às usinas de biodiesel, o Selo assegura benefícios fiscais para as unidades produtoras que, no Nordeste, tenham atingido pelo menos 50% do valor total de compra da matéria-prima da agricultura familiar.

A Petrobras Biocombustível

A Petrobras Biocombustível tem um investimento investimento programado de US$ 1,5 bilhão até 2012. Além da unidade de Candeias, empresa também vai administrar uma usina em Quixadá (CE) e outra em Montes Claros (MG), cujos testes serão finalizados em agosto. Essas usinas devem alcançar a produção anual de 170 milhões de litros de biocombustível. A empresa estima que as três unidades vão gerar trabalho e renda para 55 mil agricultores familiares, contratados para fornecer a matéria-prima. Também fará parte da Petrobras Biocombustíveis o projeto dos Complexos dos Bioenergéticos (CBIOs), empreendimentos para produção de etanol feitos em parceria com produtores brasileiros e conglomerados internacionais.

Presidida por Alan Kardec, a Petrobras Biocombustível, conta com quatro diretores: Chanan Rubin (Corporativo e Financeiro); Fernando Cunha (Participações); Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrícola e de Suprimento); e Ricardo Castello Branco (Industrial). O Conselho de Administração, presidido pelo ministro Guilherme Cassel, é formado por representantes do Ministério de Minas e Energia (Márcio Zimmermann) e da Casa Civil (Tereza Campello), pelo presidente da Petrobras, José Gabrielli, e pelos diretores de Gás e Energia (Graça Foster) e de Abastecimento (Paulo Roberto Costa), além do presidente Alan Kardec.

Com informações das agências Brasil e Petrobras de Notícias

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