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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Abate de matrizes preocupa setor leiteiro

Brasília - O abate de matrizes (vacas leiteiras) devido à crise de superprodução de leite é uma preocupação para a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, órgão consultivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Abater uma matriz é fechar parte de uma fábrica. E no caso da produção de leite, não é possível aumentar a produção de uma hora para outra. É necessário que se crie uma vaca, que essa vaca emprenhe, que tenha o bezerro. É um processo que demora”, destacou o presidente da Câmara Setorial, Rodrigo Alvim.

“Queremos crer que a produção crescerá neste ano mais de 10% e nós não estamos falando de uma produção em um país que produz pouco, estamos falando de um país que produziu no ano passado 27,2 bilhões de litros de leite. Vamos crescer seguramente”, considerou Alvim.

O presidente da Câmara Setorial destacou que a crise não atinge somente o Brasil, mas reconheceu que o aumento da produção, incentivado no ano passado pelo governo devido à alta na demanda externa, torna a situação dos produtores brasileiros mais grave.

“Ninguém previu que no ano passado o preço do leite chegaria ao preço que chegou. Tampouco se previu que o aumento de consumo de produtos lácteos no mundo cresceria a patamares de 3% a 4% nos últimos quatro anos. Isso fez com que faltasse produto no mundo e os preços foram para onde foram. Ninguém previu também que isso iria durar tão pouco”, reconheceu Alvim.

“Nesse momento os preços tem caído em função de uma retração de consumo não só no Brasil, como também no exterior. Países deixaram de comprar ou estão comprando menos, e a produção, por outro lado, sobretudo no Brasil, aumentou em 20%”, completou.

Já no primeiro trimestre desse ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um aumento de produção de 10% no Brasil. “Temos ainda alguns dados comparativos de aumentos pontuais. Em comparação com o mesmo período do ano passado estima-se que a produção tenha aumentado em torno de 20%”, destacou.

De acordo com dados da Embrapa, os custos da produção em relação ao ano passado aumentaram 24,4%. “Com a redução do preço pago ao produtor da ordem de 15 % a conta não fecha”, destacou Alvim. “Essa é a crise”, completou.

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