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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PIB brasileiro e a evolução da produção de carne de frango

Campinas, 11 de Setembro - O IBGE mostrou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre de 2008 aumentou 1,6% em relação ao trimestre anterior, com destaque para a agropecuária, que cresceu 3,8%. Em relação ao mesmo trimestre de 2007 a variação, também positiva, foi de 6,1%.
Como o PIB é uma medida monetária (valor total de bens e serviços do País), não faz muito sentido compara-lo com outros padrões como, por exemplo, o volume de produção de um determinado produto. Por outro lado, porém, nada impede que se faça um exercício do gênero com relação à avicultura de corte, às vezes criticada por ignorar a realidade do mercado. Será que a acusação é pertinente?
Iniciada a análise no primeiro trimestre de 2002, constata-se que enquanto o PIB brasileiro apresentou, até o segundo trimestre de 2008, uma evolução muito próxima de 30% (29,3%), a produção brasileira de carne de frango registrou evolução mais de 20 pontos percentuais superior, pois cresceu exatos 50%. Além disso, revela, desde o inicio do período analisado, um distanciamento cada vez maior da linha de crescimento do PIB.
Curiosamente, porém, contrapostas a linha de evolução do PIB com a linha de evolução da oferta interna, ambas praticamente coincidem, com as exceções típicas de toda regra.
No caso, a exceção mais visível é observada entre o quarto trimestre de 2005 e os dois primeiros trimestres de 2006, período em que as exportações foram afetadas não só por uma greve interna dos fiscais federais agropecuários, mas também pela expansão de surto de Influenza Aviária na Europa e Ásia. O resultado foi um aumento inesperado na oferta interna, com fortes reflexos – claro! – no desempenho econômico do setor.
A outra grande exceção ocorreu agora, no segundo trimestre de 2008, quando a oferta interna de carne de frango – que vinha acompanhando pari passu a evolução do PIB, apresentou forte recuo. Mas isso também é justificável, pois resulta da combinação, inesperada, de uma redução da produção com um aumento das exportações. Com isso, a disponibilidade interna do produto caiu aos níveis registrados no terceiro trimestre de 2006.
Sob o aspecto analisado, pois, a expansão da oferta interna de carne de frango está sendo compatível com a evolução do PIB. Ou seja: o crescimento aparentemente exacerbado do setor está sendo determinado pela evolução das exportações que, nesse mesmo período, evoluíram exatíssimos 200%, passando de 320 mil toneladas no primeiro trimestre de 2002 para 960 mil toneladas no segundo trimestre de 2008

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