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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Agricultores familiares comemoram safra recorde de arroz em Salangô

As famílias de agricultores que vivem no perímetro irrigado Salangô, no município de São Mateus, comemoram o início da colheita de arroz irrigado, que este ano promete uma excelente safra, depois de muitos anos enfrentando dificuldades na assistência técnica e na produção.

São duzentas e vinte e três famílias, de nove associações de produtores, que cultivam arroz irrigado em 700 hectares (o plantio de arroz de sequeiro ocupa uma área de 3.200 ha). Os primeiros resultados são animadores, 300 toneladas de grãos já foram colhidas em 50 hectares, o que representa 5% do plantio de 105 toneladas de sementes. “Estamos trabalhando lá há cinco anos e esta é a maior colheita de todos os tempos”, falou entusiasmado o agricultor Davi Ataíde de Almeida, da Associação Água Branca VI.

Por solicitação do secretário de Agricultura do Maranhão, Domingos Paz, que tem uma longa história construída com os agricultores do perímetro irrigado, a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagro) já recuperou a Estação de Bombeamento principal, com oito bombas de irrigação, realizou a limpeza de 2 km de drenos, e iniciou a construção do Armazém de Grãos de Salangô, com 664 metros quadrados, tendo aplicado na obra R$ 257 mil de recursos próprios. O armazém tem conclusão prevista para daqui a quatro meses.

“Com este trabalho, estamos realizando a função social de Salangô, um projeto que beneficia 600 famílias, e fortalecendo a agricultura familiar do Maranhão”, analisou Domingos Paz.

O agricultor Antônio Carlos Mendes comemora o progresso e as vantagens obtidas a partir do impulso da produção em Salangô, principalmente a inclusão digital dos agricultores familiares: “Muitos, através dos lucros obtidos com o plantio, já têm computador e acesso à internet”. “Salangô está bom. Somos 60 sócios na associação. 35% fizeram as casas de tijolo com o dinheiro ganho no projeto, compraram móveis e motos”, acrescentou. “Melhorou a qualidade de vida de 80 a 90%, quem tinha bicicleta, pulou para moto”, completou Antônio.

“Há quatro anos a gente não tinha uma perspectiva boa. A Seagro nos deu sementes no ano passado e melhorou. Agora, com a construção do Armazém de Grãos, vai aumentar a nossa renda. Os produtores de Salangô só têm o que comemorar”, destacou Antônio Carlos. “7% da produção vai para o município, para pagar a secagem e a estocagem; 10% é gasto com o transporte da produção para a cidade. Agora, a secagem e a armazenagem vão ser feitas no armazém. Vamos aumentar a nossa renda em 50%”, concluiu.

“Com o Armazém de Grãos e a aquisição de equipamentos de secagem, pilagem e empacotamento, as famílias de Salangô vão vender o arroz beneficiado, em pacotes de 1, 2 e 5 kg, eliminando a ação dos atravessadores, que compram o arroz na palha, fora os ganhos adicionais com a comercialização do cuim, do xerém e da palha do arroz. O kg do arroz beneficiado sai a R$ 1,50, e a R$ 45,00 o fardo. Isto significa 100% de valorização da produção”, informou o chefe do departamento da Agricultura Irrigada, Laniel Barros.

Ele adiantou que em 60 dias o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) começa a prestar assistência técnica às famílias de agricultores de Salangô. “Para os próximos dois anos, os planos do secretário Domingos Paz para Salangô são a aquisição de colheitadeiras e a instalação de um projeto de piscicultura para aproveitamento da fartura de água no projeto”.

Davi Almeida informou que as famílias de Salangô estão utilizando novas variedades de sementes – BSL (47 t.), Epagri e Arariba (20 t. de cada) e BRS Formoso (18 t.), certificadas pela Embrapa. Os créditos para a lavoura vêm do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, linha Pronaf C, variando de R$ 8 a 16 mil, tendo o Basa como agente financiador.

Os agricultores de Salangô comercializam a sua produção para Miranda do Norte, Bacabal, Coroatá, Codó, Itapecuru-Mirim, região da Baixada Maranhense e também para o Piauí. Na lavoura, o arroz úmido, ainda na palha é vendido a R$ 0,60 o quilo. O arroz seco sai por R$ 0,75 o quilo.

No mês de maio, as famílias começam a plantar feijão no perímetro irrigado. Em 2008, foram plantados 150 hectares de feijão, com colheita de 54 toneladas e produtividade alcançada de 800 kg/ha. Em 2008, foram 60 toneladas de sementes de arroz e três toneladas de feijão. A colheita de arroz de sequeiro só começa no próximo mês de abril. Este ano, a Seagro já doou três toneladas de sementes de milho para os irrigantes.

Safra de 2009:
Arroz Irrigado
Área plantada – 700 ha
Produtividade - 6.000 kg/ha
Produção - 4.200 t.
Arroz Sequeiro
Área plantada - Sequeiro – 2.500 ha
Produtividade - 4.000 kg/ha
Produção - 10.000 t.

Safra de 2008:
Arroz Irrigado:
Área Plantada - 700 ha
Produtividade - 6.000kg/ha
Colheita –Janeiro/Fevereiro - 4.200 t.
Arroz Sequeiro:
Área Plantada - 1.250 ha
Produtividade - 4.000kg/ha
Colheita - Abril/Maio - 5.000 t.
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