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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Praga ataca lavouras da região

Uma nova praga chegou causando prejuízos às lavouras de soja do Triângulo Mineiro neste ano. Comum no Sul e Centro Oeste do País, o coró-da-soja atacou e destruiu, de novembro a janeiro, duas plantações em propriedades no município de Monte Alegre de Minas. De acordo com o engenheiro agrônomo Gilberto Carlos de Freitas, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) em Uberlândia, a agressividade do coró é menor do que a da ferrugem asiática - a pior praga que ataca a soja na região – mas nem por isso o produtor deve deixar de tomar os cuidados necessários.

O coró-da-soja é a larva dos besouros coleópteros, que penetra no solo após a eclosão dos ovos e se alimenta das raízes da planta e restos orgânicos encontrados no subsolo. Elas permanecem ali por cerca de seis meses e o poder de destruição depende da quantidade de larvas e do estágio de crescimento do vegetal. Se a lavoura for atacada no início da germinação, com população de uma larva de 3 cm para cada quatro plantas, o volume de raízes reduz em 60% e a plantação não se desenvolve.

Os primeiros sinais de ataque são o amarelecimento e redução do crescimento das folhas. A praga ataca, preferencialmente, lavouras de plantio direto sobre palha, porque as condições de umidade e oferta de matéria orgânica é maior neste tipo de cultura.

Recomendação

A principal recomendação da Emater para evitar as larvas é a rotação de culturas, com algodão e crotalária (leguminosa). O manejo e removimento do solo com arado também são indicados. “Quando o solo é mexido e as larvas são expostas ao sol, elas morrem. Além disso, as que sobrevivem servem de alimento para gaviões e outras aves”, disse Gilberto de Freitas.

Outra sugestão do agrônomo é utilizar variedades com desenvolvimento radicular mais rápido e executar o plantio antecipadamente no início de novembro ou fim de outubro. “Assim, é possível fugir do estágio agressivo das larvas. Quando elas atacarem, a planta já estará suficientemente forte e enraizada”, afirmou.

De acordo com a Emater, ainda não há motivo para alarde entre os produtores e os prejuízos causados pela praga são casos isolados. Apesar disso, segundo Freitas, a região pode se preparar para lidar com o coró-da-soja, já que as larvas que atacaram as propriedades neste ano se transformarão em adultos que botarão mais ovos e disseminarão a praga pelo Triângulo nos próximos anos.

Produtor tem prejuízo estimado em R$ 300 mil

A fazenda do produtor Domingos Mastrantônio Júnior, a 100 quilômetros de Uberlândia, foi uma das propriedades atacadas pelo coró-da-soja em Monte Alegre de Minas. Ele perdeu 400 hectares de soja no início da germinação e teve um prejuízo estimado em R$ 300 mil. “Agora, não há o que fazer, porque eu não tinha seguro. Tenho que engolir o prejuízo e tentar acabar com a praga para me recuperar nos próximos anos”, disse.

No ano passado, ele percebeu a revoada de besouros na lavoura, mas não imaginou que a devastação seria tão intensa. “Deu perda total, tive que abandonar o plantio de soja na área afetada”, afirmou. No lugar da soja, ele plantou milheto, que ainda não cresceu.

Em outra parte da fazenda, o produtor plantou sorgo, que já começa a dar sinais do ataque do coro-da-soja. “Ainda não sei se o coró vai afetar o sorgo também, tenho que esperar para ver”, disse.

Serviço
Produtores interessados em mais informações sobre o combate à praga, ou em assistência técnica, devem entrar em contato com a Emater pelo telefone 3236-0122 ou na avenida Fernando Vilela, 1.645, bairro Martins.

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