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sexta-feira, 20 de março de 2009

Brasil ainda precisa se livrar da febre aftosa

O Brasil ainda precisa se livrar do estigma da febre aftosa, segundo afirmou hoje (17) Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o balanço da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2008, divulgado ontem (16).

“No momento em que estivermos livres da febre aftosa, mesmo com vacinação, nós vamos alcançar mercados que são mais exigentes mas, por sua vez, pagam melhor”, afirmou o secretário. Segundo o balanço, foram imunizados cerca de 168 milhões de animais na primeira etapa e 170 milhões na segunda, atingindo uma cobertura de 96% e 97%, respectivamente.

A meta é que o Brasil esteja livre da febre aftosa com vacinação dos animais até o final de 2010 e que, no futuro, a vacinação não seja mais necessária, como ocorre atualmente em Santa Catarina.

Desde 2006 o Brasil não registra circulação do vírus da febre aftosa mas, segundo a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) os estados do Amazonas, de Roraima, do Amapá, parte do Pará, do Maranhão, do Piauí, do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e de Alagoas ainda não são considerados livres da doença.

Atualmente, Venezuela, Equador e Bolívia são países de risco de febre aftosa na América do Sul, segundo o secretário. “Enquanto tivermos no continente sul americano países com risco de aftosa nós não podemos baixar a guarda nem no trânsito [de animais] nem na vacinação”, afirmou.

A febre aftosa não é letal, mas afeta a produtividade do animal doente e é de fácil difusão. “Nenhum país quer importar esse vírus de quem exporta carne. É uma doença que mede a eficácia do sistema veterinário nacional, é o termômetro da saúde animal, essa é a principal conotação da aftosa”, afirmou Kroetz.

O Brasil tem o maior rebanho bovino mundial comercial, com cerca de 200 milhões de cabeças, segundo o Mapa, e é o maior exportador mundial de carne bovina, mas passa por uma fase de declínio nas exportações devido à crise econômica mundial.

“O Brasil está exportando menos porque não há compra, há escassez de crédito para importação e para exportação. No momento que os bancos fornecerem crédito acessível aos exportadores e aos importadores o Brasil, certamente, vai voltar aos seus patamares anteriores”, afirmou o secretário.

No Brasil, a vacinação contra a febre aftosa é praticada em todos os estados e no Distrito Federal, com exceção de Santa Catarina, que é livre da doença, e não usa a vacinação desde 2000. A campanha de 2009 contra a aftosa começou em fevereiro último.

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