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terça-feira, 10 de março de 2009

Crise bovina: ociosidade aumenta na indústria de carne bovina

A crise internacional vem provocando uma freada brusca no ritmo de abates de bois no Centro-Oeste, onde estão alguns dos principais centros produtores do país. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, 31 das 76 unidades credenciadas para a exportação estão com os abates suspensos. Em Goiás, dois dos maiores frigoríficos locais estão sob recuperação judicial, o que contribuiu para a eliminação de 2.000 empregos no setor, de acordo com sindicatos.

Segundo a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), 40% da capacidade produtiva está ociosa, com 13 frigoríficos parados no Estado -apenas as cinco unidades do grupo Independência, paralisadas na semana passada, abatiam cerca de 4.000 cabeças/dia. Outros 18 frigoríficos estão com a produção suspensa em Mato Grosso do Sul, o que equivale a 48% das unidades cadastradas no Estado.

"O cenário é preocupante, pois sem os abates está havendo uma sobreoferta e o gado vai sobrar no pasto", diz Luiz Carlos Meister, consultor da Famato. A entidade divulgou nota de alerta, na qual diz que a crise "afetou todos os segmentos, inclusive empresas que têm tradição de boa gestão". A nota diz que os preços atingiram "níveis abaixo da viabilidade econômica" e recomenda que os pecuaristas comercializem apenas "a quantidade estritamente necessária".

Segundo Meister, grandes mercados diminuem rapidamente as importações do Brasil. Ele cita Oriente Médio, Venezuela e Rússia, afetados pela queda no valor do petróleo. A crise da indústria frigorífica, diz o consultor, "começou antes da crise internacional". "Os frigoríficos começaram a sentir o primeiro baque em fevereiro de 2008, quando a União Europeia estabeleceu embargo à carne brasileira. Com a crise generalizada, vieram a redução na demanda e a falta de crédito para exportar." Para o vice-presidente da Federação da Agricultura de Goiás, Mozart Carvalho, a falta de uma administração profissional em frigoríficos do Estado contribuiu para a situação. Segundo ele, as empresas cresceram muito em pouco tempo.

Crise de gestão - "Até cinco anos atrás, [os frigoríficos] tinham uma unidade ou duas. Com o crescimento das exportações, começaram a passar para cinco, dez. A meu ver, muito mais do que a crise [financeira], é uma crise de gestão. Eles não conseguiram administrar esse complexo." Segundo a federação, quatro frigoríficos sob recuperação judicial abatiam no Estado 30 mil cabeças por dia -número que deve ter caído pela metade. O preço da arroba baixou 28% em relação ao pico já alcançado. José Magno Pato, do sindicato da indústria da carne em Goiás, acha que não houve falta de planejamento. Diz que a crise "pegou todo mundo de surpresa" e que a situação deve melhorar até o meio do ano.



Fonte : Agrolink

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