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sábado, 21 de junho de 2008

Agropecuária - Governo anuncia R$ 65 bilhões para a agricultura e a pecuária

A agricultura e a pecuária terão R$ 65 bilhões para investir no período 2008/2009. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao anunciar o lançamento no dia 2 de julho, em Curitiba, do Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009. No ano passado, os recursos para o setor foram de R$ 58 bilhões. Os investimentos no setor foram definidos em reunião da área econômica no último dia 19, no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Stephanes disse que nos 40 anos em que milita na Esplanada dos Ministérios nunca viu "um consenso como agora, entre todos os entes do governo, de que investir na agricultura é prioritário". No passado haviam muitos conflitos nessa direção, acrescentou.

O ministro avaliou que a crise mundial de alimentos afetou menos o Brasil do que o resto do mundo, porque o país é auto-suficiente em matérias primas, na agricultura e em energia. E para que essa crise não atinja o Brasil, Stephanes defendeu que é hora de investir mais na agricultura e pecuária, aumentando a produtividade.

O ministro da Agricultura adiantou que o governo estuda a criação de um programa para recuperação de pastagens nas áreas degradáveis com financiamento a juros semelhantes ao da inflação, ou seja, de efeito praticamente nulo.

IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adoniran Sanches, ressaltou no último dia 19, em Curitiba, a importância da agricultura familiar na manutenção da segurança alimentar num momento em que o país precisa produzir mais alimentos para baixar os indicadores de inflação.

"Os relatórios do Banco Mundial são muito claros. Um país que tem o perfil da agricultura voltado para a produção de alimentos está sofrendo menos o impacto da crise da oferta", disse o secretário referindo-se ao Brasil. Segundo ele, enquanto nos últimos dois anos a inflação de alimentos no mundo está em torno de 85%, aqui permanece em 23%.

"Dos 4,8 milhões de estabelecimentos familiares ocupados com a agricultura, 4,1 milhões são de agricultores familiares. A situação poderia ser muito pior se não tivéssemos esse universo forte ofertando a cenoura, a beterraba, o leite, o feijão. O perfil é de pequena e média propriedade", afirmou.

Sanches lembrou que 70% do feijão, 40% da soja, 95% das hortaliças e um grande percentual de vários outros alimentos consumidos pela população brasileira são provenientes da agricultura familiar.

O secretário representa o ministro Guilherme Cassel, no 2º Congresso da União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes). No evento, Sanches disse que a valorização deste novo cooperativismo, esquecido nas últimas cinco décadas, ocupa lugar de destaque nas políticas públicas do atual governo.

"O Pronaf [Programa Nacional da Agricultura Familiar] é reflexo disso, saindo de um orçamento ofertado ao sistema financeiro de R$ 2,2 bilhões para R$ 12 bilhões nesta safra, além de novos modelos de assistência técnica, seguros de preços, de risco climático, rearticulações das Emater [empresas de extensão rural]", observou. Segundo ele, os recursos destinados aos seguros de preços e climático chegam a R$ 300 milhões por ano.

No congresso, que terminou ontem (20/6), as cooperativas discutem parcerias e estratégias a serem aplicadas nos próximos três anos, que beneficiariam 320 mil agricultores familiares paranaenses.

FONTE

Agência Brasil
Lourenço Canuto e Lúcia Norcio

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