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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Greve da AGED ameaça Defesa Sanitária

Fiscais alertam que paralisação pode comprometer não apenas vistoria no Maranhão, como também de outros estados


A greve dos fiscais e técnicos administrativos da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) pode comprometer não somente a defesa sanitária do Maranhão, como também de outros estados. A informação foi passada ontem pelo presidente do Sindicato dos Fiscais Agropecuários da Aged (Sinfa), Hamilton Cruz.

Segundo Hamilton Cruz, como não estão sendo expedidas as Guias de Transporte Animal e Vegetal nos postos da Aged em todo o Maranhão, alguns produtores podem aproveitar a situação para fazer com que animais, vegetais e derivados cheguem a outros estados sem nenhum atestado das condições plenas para consumo. “Na prática, isso significa que o Maranhão, por causa da greve, pode se tornar um corredor para transporte de bois doentes ou frutas com fungos, por exemplo”, analisou Cruz.


Além da possibilidade de transporte de gado sem certificação de vacinação contra a febre aftosa, também há o risco do Maranhão estar permitindo a passagem de laranjas com a praga chamada “mosca negra”, muito comum nas frutas cítricas paraenses, para outros estados, como o Piauí, ou bananas contaminadas pela sigatoka-negra, considerada umas das doenças mais destrutivas da cultura. Também de acordo com Cruz, em decorrência da paralisação pode entrar no Maranhão leite com qualidade duvidosa. “Muitos pensam que a Aged cuida apenas do combate à aftosa, mas nossa função vai além disso”, esclareceu Hamilton Cruz.

Na edição de ontem de O Estado, os fiscais da Aged alertaram para uma outra conseqüência direta da paralisação. Como os fiscais são os responsáveis diretos pelo documento de comprovação de vacinação de bovinos contra a febre aftosa, o Maranhão dificilmente atingirá a posição de estado em baixo risco de ocorrência da doença. Isso porque o estado para conseguir o índice baixo precisa comprovar, documentalmente, que vacinou boa parte do rebanho e essa comprovação ocorre durante auditoria do Ministério da Agricultora. A auditoria deve ocorrer em agosto.


Adesão

Ontem, a greve da Aged completou 17 dias. Os fiscais, agora, contam com a adesão dos técnicos administrativos de nível médio e superior, que também fazem uma paralisação de advertência até segunda-feira próxima. Ontem, eles realizaram um café-da-manhã para chamar a atenção da população sobre o problema.

Hamilton Cruz disse que, até o momento, o Governo do Estado ainda não iniciou qualquer negociação com as categorias. “Há apenas notícias extra-oficiais de que o governo vai nos chamar para conversar. Isso, até agora, não aconteceu”, disse Cruz.

O temor dos técnicos e fiscais da Aged é que o governo esteja postergando uma negociação de forma proposital, isso porque, conforme a legislação eleitoral, qualquer aumento salarial somente pode ser concedido, em ano de eleição, até o dia 4 de julho. Os técnicos administrativos, tanto de nível superior quanto de nível médio, querem reajuste salarial, além de implementação das gratificações por insalubridade e por desempenho de atividades de defesa agropecuária (no caso dos técnicos de nível superior) e a extinção do subsídio como forma de pagamento salarial (para os técnicos de nível médio).

Já os fiscais, exigem equiparação salarial com outros estados; passe-livre em terminais de ferry-boat durante o deslocamento para exercício da função; auxílio-alimentação; segurança nas barreiras sanitárias; gratificação sobre a arrecadação de impostos que incidem sobre produtos agropecuários; concurso público; elevação da atividade à condição de serviço essencial; auxílio-benefício; diferença salarial por titulação e equiparação de salários dos fiscais.
Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO

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