Focos de ferrugem asiática foram confirmados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso. A doença foi encontrada em áreas de soja guaxa, aquela que nasce dos grãos que sobraram da colheita.
Milho prontinho para a colheita. Ele ocupa 60% dos pouco mais de dois mil hectares da fazenda. Há quase três meses a soja saiu de cena pelo lugar. Mas a ferrugem asiática voltou a dar as caras em pleno período de vazio sanitário.
“Na operação da colheita acaba se perdendo alguma coisa em grãos de soja. Esse grão fica no solo. Como este ano tivemos um período de chuvas um pouco maior do que o normal, houve condições climáticas para o desenvolvimento dessas plantas. Agora, já estamos em um período de seja, elas continuam verdes. E eu acredito que vai demorar um pouquinho mais para elas secarem”, explicou o agrônomo Rodrigo Block.
Todas as plantadas de uma propriedade da região estão contaminadas com o fungo da ferrugem asiática. Depois de constatado o problema, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso aumentou o rigor na fiscalização. Propriedades como essa são notificadas a eliminar as plantas vivas num prazo máximo de três dias. Caso não providencie a limpeza da área, o produtor pode ser multado.
É o que determina a lei que instituiu há três safras o vazio sanitário no Estado. São três meses de proibição do plantio de soja. É fácil entender a razão: sem as plantas, o fungo causador da ferrugem não consegue sobreviver. A soja guaxa pode ser eliminada de duas formas: aplicando herbicidas ou arando a terra. O tempo seco é aliado do produtor.
“O que notamos é que não são áreas generalizadas ou integrais. Em áreas de 200, 300 ou 500 hectares, às vezes oito, dez ou 15 hectares apresentam plantas baixas. Então, é fácil para o produtor eliminá-las”, esclareceu Luiz Nery Ribas, agrônomo da Aprosoja.
Foram recolhidas amostras em 18 municípios de mato grosso. A doença foi confirmada em 42 dos 50 pontos visitados.
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