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terça-feira, 8 de julho de 2008

Greve do Indea - Indea retoma greve e perdas somam R$ 70 mi

A greve pára todo o trabalho de abate, transporte e comercialização de animais

MARCONDES MACIEL
Da Reportagem

Os servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) e Intermat (Instituto de Terras) voltaram a entrar em greve ontem por mais três dias e anunciam que as perdas da primeira paralisação - realizada no período de 25 a 27 de junho – somam cerca de R$ 70 milhões para frigoríficos, pecuaristas e governo.

A greve do Indea pára todo o trabalho de abate, transporte e comercialização de animais em Mato Grosso. A presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diane Dias, informou que apenas as atividades de fiscalização nas 10 barreiras fitossanitárias da fronteira Brasil-Bolívia, postos interestaduais e feiras agropecuárias (exposição e realização de leilões) não serão afetadas pela paralisação.

Ficam comprometidos com a greve os demais serviços do órgão, como a fiscalização de produtos agropecuários, inspeções e emissão de Guias de Trânsito para Animais (GTA) e para o transporte de madeira.

O presidente da Associação dos Servidores do Indea, João Pires, espera que a adesão de servidores se repita nesta segunda paralisação. Em todo o Estado são 626 servidores do Indea, sendo que apenas 188 (30% do quadro) estão trabalhando em cumprimento ao que determina a legislação.

O Indea atende 139 unidades diretas do órgão, em 142 municípios, sendo que em três municípios é feita a prestação de serviço de forma indireta. Já os 30% do efetivo do Intermat está priorizando o atendimento nos assentamentos.

A presidente do Sintap, Diane Dias, explicou que a greve foi deflagrada devido ao “descaso” do governo com a categoria. “Paramos no final de junho por três dias, mas o governo não fez nenhuma sinalização. Depois do nosso retorno na quinta-feira, vamos dar uma trégua até o final da próxima semana. Caso o governo não abra as negociações, realizaremos uma nova assembléia geral para decidir por uma paralisação por tempo indeterminado”, avisa ela.

Diane acredita, entretanto, no “bom senso” das autoridades no sentido de abrir o diálogo com a categoria.

Os servidores do Indea e Intermat exigem a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) para os dois órgãos, em discussão desde o ano passado. “As negociações para a implementação do plano começaram este ano, quando foi criada uma comissão mista para formatar a proposta, porém nenhum resultado concreto surgiu até agora”.

Diane Dias explicou que já havia um indicativo para a segunda paralisação. “Por enquanto são três dias. Mas os servidores estão mobilizados e dispostos a deflagrar um movimento por tempo indeterminado se o governo não sinalizar com uma proposta concreta”, alerta o presidente da Associação dos Servidores do Indea, João Pires.

PREJUÍZOS - A Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) estima que cerca de 45 mil cabeças poderão ficar fora do abate em Mato Grosso nos três dias de greve, gerando prejuízos de R$ 22,80 milhões por dia para a cadeia pecuária. Nos três dias da paralisação, o montante das perdas poderá chegar a R$ 68,4 milhões.

Na avaliação do diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais do Estado (APR), Paulo Resende, o impacto será forte e todos vão perder, “desde o produtor até à indústria”.

O presidente Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luís Antônio Freitas Martins, prevê sérios problemas para os frigoríficos, especialmente aqueles que possuem contratos de exportação e de vendas para mercado interno.

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