Adeal entrega ao MP relátório sobre situação de matadouros

Com o objetivo de avaliar a situação de abate que são realizados nos matadouros municipais, a Agência de Defesa de Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) enviou uma equipe de técnicos para visitar os 79 abatedouros do Estado.

No período de 50 dias, quatro médicos veterinários estiveram pessoalmente nos estabelecimentos e, ao final do trabalho, produziram um relatório que foi entregue ao Ministério Público Estadual. “A atual situação dos matadouros é caótica. Em sua maioria apresentam problemas, seja de estrutura ou capacidade técnica”, avaliou o diretor-presidente da Adeal, Hibernon Cavalcante.

Um questionário contendo cerca de trinta perguntas foi entregue aos proprietários dos estabelecimentos, onde foram avaliados itens como a localização em relação à área rural ou urbana, procedência e qualidade da água utilizada, método de insensibilização e abate, tipo de estofa, manipulação de vísceras, sistema de refrigeração e conservação das carcaças e desativação dos resíduos sólidos.

"A finalidade deste trabalho foi munir o Ministério Público Estadual de informações técnicas para que, em parceria com a Adeal, seja promovida a regularização da situação dos matadouros, como também colaborar com as ações de proteção ao meio ambiente e à saúde pública”, afirmou Hibernon Cavalcante.

O diretor-presidente disse ainda que aguarda uma posição do MP acerca das considerações finais do relatório para tomar as medidas cabíveis. “Vamos esperar uma posição do Ministério Público Estadual para definir quais as ações que serão tomadas no tocante aos matadouros que não estão com sua situação dentro da legislação”, ressaltou.

Segundo Hibernon, a lei nº 1283/50 regulamenta as condições dos matadouros e precisa ser seguida à risca pelos proprietários. De acordo com as estimativas da Adeal, os estabelecimentos abatem cerca de 3.389 bovinos por semana e há anos não havia uma inspeção deste tipo.

“Foi mais de um mês visitando os abatedouros em todo o Estado. Nos dividimos em equipes para que pudéssemos cobrir toda região e elaborar um relatório satisfatório para o MP e para a Adeal”, avaliou o fiscal estadual agropecuário, Caio Vieira Coelho, que participou das visitas aos matadouros.


por Divulgação