Pesquisa na Web

Pesquisa personalizada
SEJAM BEM VINDOS AO AGRO INFORMAÇÕES

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Fracassa quinta tentativa do governo de leiloar "bois piratas"

A novela dos "bois piratas" ganhou mais um capítulo constrangedor. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, freqüenta o enredo, novamente, em posição incômoda. Depois de quatro tentativas malsucedidas, o Ibama marcara para esta terça-feira um novo leilão.

Levaria ao martelo, finalmente, as 3.046 cabeças de gado apreendidas na reserva ecológica da Terra do Meio (PA). Porém, o instituto viu-se compelido a adiar o leilão. É a quinta protelação. Uma repetição do que ocorrera na semana passada.

O Ibama continua pendurado numa sentença judicial exarada pelo desembargador Olinto Herculano de Menezes, do TRF-1. Em 28 de julho, o magistrado expedira liminar obrigando o Ibama a fixar como lance mínimo do leilão a cifra de R$ 3,151 milhões. Foi esse o valor estipulado pelo próprio governo no primeiro leilão. Depois... Depois, submetido a uma seqüência de fracassos, o Ibama reduziu drasticamente o preço: R$ 1,445 milhão.

Acionado pelo pecuarista Lourival Novaes Medrado Santos, o ex-dono dos bois, a Justiça proibiu que o rebanho fosse levado à bacia das almas. O Ibama recorreu. Mas o desembargador Herculano demora-se em dar o seu veredicto. Na semana passada, o próprio Carlos Minc foi ao encontro do magistrado. Expôs as suas razões.

Porém, o interlocutor não se deu por achado. Acenou com a hipótese de dirimir o passivo judicial nesta semana. Mas só na quarta. Daí o adiamento do leilão agendado para esta terça. Um leilão que, a depender da decisão judicial, o Ibama não vai poder realizar.

Realizada na primeira quinzena de junho, nas pegadas de uma operação marqueteira anunciada por Minc, a apreensão dos “bois piratas” fez aniversário de três meses. E o governo não consegue livrar-se do problema que ele próprio criou. Uma encrenca que transforma o contribuinte brasileiro em pecuarista involuntário.

A manutenção dos bois custa caro. Uma conta feita há 15 dias estimara em R$ 1 milhão a conta já empurrada para dentro da bolsa da Viúva. À medida que o tempo passa, o custo aproxima-se perigosamente do montante que o Ibama espera auferir com a venda: R$ 1,445 milhão. A aventura bovina do governo está a um passo de virar uma operação deficitária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente

Palavra-chave

Entre em contato comigo

Nome:

E-Mail:

Assunto:

Mensagem: