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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Iniciativas pioneiras para garantir a Sustentabilidade serão debatidas no 7º Congresso Brasileiro de Agribusiness, realizado pela ABAG

A Associação Brasileira de Agribusiness discute o tema “Agronegócio e Sustentabilidade” durante o 7º Congresso Brasileiro de Agribusiness, nos dias 11 e 12 de agosto, em São Paulo. Conferencistas de diferentes áreas de atividades ministrarão palestras abordando tópicos como Amazônia, novas tecnologias, pesquisas recentes, propriedade e infra-estrutura, uso da terra, certificações, agroenergia, mercado externo, entre outros

O 7º Congresso Brasileiro de Agribusiness traz em sua pauta para 2008 a reunião de temas pioneiros para o agronegócio do País: a sustentabilidade, formas para superar as barreiras técnicas e a discussão de iniciativas que terão desdobramentos positivos para o setor. A grande novidade será o lançamento do estudo “Aquecimento Global e Cenários Futuros da Agricultura Brasileira”, com a apresentação de dados sobre os impactos econômicos causados pelas mudanças climáticas. O trabalho foi realizado pela Embrapa de Campinas, em parceria com o governo britânico.

Neste congresso realizado pela Associação Brasileira de Agribusiness – ABAG, o tema sustentabilidade será debatido pela primeira vez por representantes de diferentes áreas de atividades ligadas ao setor. A sétima edição do Congresso Brasileiro de Agribusiness será realizada pela Abag, nos dias 11 e 12 de agosto, no Hotel WTC (Av. Nações Unidas, 12.559), em São Paulo. As inscrições podem ser feitas diretamente no site da associação (www.abag.com.br).

O Congresso contará com a participação de estudiosos do tema, pesquisadores, associações ligadas à Amazônia, ambientalistas, técnicos e consultores de atividades como pecuária e agroenergia, jornalistas, poder público e conferencista internacional.

Dividido em quatro painéis com diferentes enfoques, o evento tem como missão não somente discutir o conceito de sustentabilidade, mas, principalmente, desenvolver o tema com exemplos e ações práticas a serem aplicadas com vistas à sustentabilidade.

A palestra de abertura do Congresso está a cargo de Jacques Marcovitch, ex-reitor e professor titular da USP, que se dedica, desde 2002, a pesquisas relacionadas à implantação da Convenção do Clima/Protocolo de Kyoto. Sua apresentação levará aos participantes o conceito de sustentabilidade sob quatro dimensões: ambiental, econômica, social e cultural.

“Quando se fala em sustentabilidade se fala em longo prazo. Então, procuraremos refletir sobre como podemos detectar tendências atuais que permitam aos empresários serem os arquitetos de horizontes promissores”, explica o professor.

“O trabalho da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias, que será apresentado logo depois da minha palestra, realizado com vegetais, cujas raízes se tornaram maiores para terem mais acesso à água, é um exemplo de como se pode agir hoje pensando nos efeitos de um futuro aquecimento global”, adianta Marcovitch.

O tripé da perenidade - Para o presidente da ABAG, Carlo Lovatelli, a perenidade do agronegócio não depende mais somente de um produto economicamente viável. Esta condição, para o executivo, é necessária, mas não suficiente. “Hoje em dia, um produto tem de estar sustentado em três bases: ser economicamente viável; ser ambientalmente correto; e ser socialmente justo”, enumera.

Lovatelli explica que um produto que não atenda a estas condições não será aceito, tanto por consumidores estrangeiros quanto nacionais. “O consumidor está muito mais informado; tem acesso a diferentes mídias, de diferentes lugares, e não aceita mais produtos que não contemplem alguns critérios de sustentabilidade”.

O presidente da ABAG ressalta a atenção da Europa sobre o Brasil: “O mercado europeu é o maior vigia de plantão da forma como nós processamos e obtemos nossos alimentos. Eles desenvolvem várias iniciativas neste sentido. O Brasil é foco total da atenção deles”, considera. E complementa: “O Velho Continente condiciona a compra de produtos do Brasil a uma série de regras impostas, às vezes de forma até um pouco injusta. Eu diria que é, de longe, o mercado que mais está atento à sustentabilidade do agronegócio brasileiro”.

O soberbo capital brasileiro - A grande maioria dos biomas naturais que restaram no planeta está localizada em solo brasileiro. Ao mesmo tempo em que coloca o País sob a atenção internacional, essa realidade eleva o Brasil à condição de única nação no mundo a reunir elementos fundamentais para o desenvolvimento do agronegócio sustentável, tais como água, sol e terra.

A responsabilidade de administração desses recursos é brasileira. Segundo Carlo Lovatelli, “trata-se de um capital fabuloso, que temos de saber aplicar sem cair em extremos como não explorar em hipótese alguma ou explorar até terminarem os recursos”. Ele cita a Amazônia como exemplo: “Há 23 milhões de pessoas morando na Amazônia Legal, e elas precisam viver de alguma coisa. Tem de haver uma viabilidade econômica. Então temos de saber explorar isso.”

Ainda que o agronegócio brasileiro não tenha atingido o nível de sustentabilidade ideal, alguns resultados já podem ser mensurados neste sentido. “É o setor que mais tem acelerado, no que se refere à sustentabilidade”, afirma Lovatelli. “Temos áreas de ponta, que atendem aos mercados mais exigentes do mundo, com produtos como frutas, orgânicos e madeira”, aponta.

“Sustentabilidade é um dos grandes valores que estão sendo medidos. Não somos um País rico; não temos dinheiro para implementar o que queremos, então tudo leva mais tempo. A iniciativa privada tem de tomar mais parte para as coisas funcionarem, mas isso gera conflito. Enfim, estamos no caminho. Vai dar certo. Pode demorar, mas vai dar certo”, aposta o executivo.

O 7º Congresso Brasileiro de Agribusiness será dividido em quatro diferentes painéis e contará com a participação internacional de Michael Conroy, economista americano que prevê uma revolução nos negócios, com a certificação de produtos que estejam adequados a práticas social e ambientalmente responsáveis.

Inscrições - As inscrições podem ser feitas diretamente no site da associação (www.abag.com.br) até o dia 8 de agosto. O valor da taxa de inscrição é de R$ 500,00. Dúvidas podem ser esclarecidas na Wenter Eventos, pelo telefone 11 3854-8060 ou por e-mail: cba@wenter.com.br. A programação completa dos dois dias do 7º CBA também já pode ser acessada diretamente no site www.abag.com.br.

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