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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

País importa 70% do trigo consumido e Embrapa retoma programa

Mídia Max


O Brasil importa 70% do trigo que consome e a cultura, que perdeu espaço para o milho safrinha em Mato Grosso do Sul, ganha novamente importância.

Para o Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas, a cultura tem área significativa e o que preocupa em Dourados é o modelo de sucessão de culturas, sem rotação, causando efeitos indesejáveis. “Por isso, é necessário pensar o trigo dentro de uma visão de um sistema de produção”.

Fernando Lamas fez a abertura do Dia de Campo realizado em Dourados, que contou com a participação de produtores, profissionais, estudantes e de pesquisadores. O evento foi realizado em parceria com a Embrapa Trigo, Embrapa Transferência de Tecnologia com apoio das Fundações Vegetal e Meridional. Gilberto Rocca Cunha, Chefe Geral da Embrapa Trigo, apresentou ao público o cenário para o mercado do trigo e como o Brasil está tentando se inserir nesse processo.

Há 10 mil anos, o trigo é um dos principais cereais da alimentação humana e, atualmente, a cultivar vem ganhando investimentos em melhoramento genético e novas práticas de manejo.

No País, o sentimento de ‘inferioridade comparativa’ com relação ao trigo deve ser substituído pelo de crescimento, já que tem posição privilegiada de fronteiras agrícolas ainda inexploradas. Segundo informações de Gilberto, o Brasil consome mais do que produz, mantendo um estoque baixo do produto, “mas dá sinal de recuperação da produção e estoques”.

A China, União Européia e Índia são os maiores produtores mundiais de trigo e a exportação se concentra nos EUA, Canadá, União Européia, países russos e Austrália. No Brasil, a produção se dá mais na região Sul, sendo o Paraná o maior produtor da cultura, depois Sudeste e Centro Oeste.

A exportação gira em torno de 640 mil toneladas do produto, mas o País importa mais de 3 milhões de toneladas de trigo. Segundo estudos da Embrapa, numa perspectiva de 10 anos, haverá aumento da área cultivada em países como Argentina e Austrália, aumento do consumo do trigo usado como alimento e ração.

O Brasil está entre os países que serão maiores importadores, juntamente com Egito, Argélia e Japão, caso não reverta esse cenário. “Por isso, precisamos discutir qual o novo papel da pesquisa?”, enfatizou Gilberto.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já discute políticas públicas para a indústria do trigo no País, que comporta apenas 191 moinhos, mas com capacidade de moagem de 15 milhões de toneladas.

Dados do Ministério mostram que 55% do produto são usados na panificação, 15% para massas, 12% para uso doméstico, 11% para a produção de biscoitos e 2% possuem outras formas de utilização. “Precisamos organizar a produção e o mercado, para atender todos os segmentos, já que o consumo interno deverá aumentar em 2,2%. A intenção é produzir, pelo menos, a metade do que se importa hoje no País. Temos tecnologia e ambiente para o trigo, além de área para a produção e genética diferenciada”.

Gilberto enfatizou ainda que é necessário o Brasil criar uma identidade, com características de qualidade industrial, que garanta a confiabilidade e estabilidade do mercado interno e externo.

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