Proibição de plantio de soja começa amanhã no Estado

SÃO LUÍS - Num prazo de três meses, contado a partir de amanhã, está proibido o plantio de soja no Maranhão. É que entrará em vigor o vazio sanitário, uma estratégia de manejo da ferrugem asiática, que visa reduzir a pressão do fungo causador da doença no período da entressafra. O trabalho de monitoramento e fiscalização das propriedades rurais será realizado por técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged).

Sem plantas durante a entressafra, o fungo causador da ferrugem asiática não tem abrigo e nem alimento e não tem como ficar “hospedado” no campo, à espera da próxima safra. Foi assim ano passado, quando o vazio foi adotado pela primeira vez no estado, o que diminuiu significativamente os focos da doença.

A ação dos técnicos da Aged terá como foco as regiões de Balsas e Chapadinha, onde se concentram a produção de soja no estado. Eles irão fiscalizar a evidência de plantações de soja ou mesmo a existência da tigüera (planta que brota em decorrência de grãos caídos no solo), que deverão ser eliminados.

Nos três meses de vigência do vazio sanitário, só poderão manter plantas viva de soja, instituições de pesquisa e produtores de sementes genéticas com a devida autorização da Aged. Se estiverem irregular, as plantações serão exterminadas.

Ano passado, os técnicos da Aged fiscalizaram 220 fazendas, abrangendo aproximadamente 400 mil hectares e 10 mil quilômetros percorridos. Nesse período, produtores foram notificados a destruir soja voluntária e 136 hectares de feijão foram destruídos, por serem hospedeiros do fungo causador da ferrugem.

De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Combate à Ferrugem Asiática, Hamilton Matos Cruz, já este ano deverá haver uma grande destruição de cultura de feijão na região de Balsas, plantada sem a devida autorização da Aged.