Pesquisa na Web

Pesquisa personalizada
SEJAM BEM VINDOS AO AGRO INFORMAÇÕES

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sem-terra invadem sedes do Incra na Capital e Dourados

Em cinco caminhões, ônibus e carros particulares, mais de 350 sem-terra chegaram hoje cedo à sede do Incra, em Campo Grande. Entraram e montaram acampamento. Sem qualquer resistência da direção ou de seguranças do órgão, famílias distribuíram colchões e mochilas pelo pátio, instalaram o fogão, já começaram a preparar o almoço e dizem que só vão deixar o prédio quando tiverem reivindicações atendidas.

As mesmas cenas foram vistas em Dourados, onde outros 400 sem-terra também estão acampados no pátio da sede do Incra desde a manhã desta quarta-feira. Na lista de reclamações, impressas em faixas colocadas nos portões das duas sedes do órgão, estão mais recursos para moradia em assentamentos, assistência técnica e cumprimento da meta de reforma agrária no Estado.

Um dos líderes do MST, movimento responsável pela manifestação hoje, diz que o compromisso era de distribuir lotes para 4 mil famílias neste ano, só em Mato Grosso do Sul. Tadeu Delgado admite que não sabe quantas foram beneficiadas em 2008, mas garante que o número ainda é referente a meta de 2007.

É a segunda vez que o MST faz esse tipo de manifestação este ano na sede do Incra. Na Capital, o movimento envolve famílias inteiras, vindas de Corguinho, Jaraguari Sidrolândia, Nioaque, mas não será o início de uma ação em cadeia, assegura o líder do MST. "Também não estamos palnejando entrar em nenhuma fazenda, por enquanto", alerta.

Os sem-terra tentaram uma reunião com o superintendente Flodoaldo Alves, mas o encontro deve ficar para tarde, também com chefes de sessões do Incra.

O grupo vai exigir rapidez nas desapropriações das fazendas Santo Antônio, em Itaquirai, Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul; Vista Alegre, em Corguinho; e Princesa do Sul, em Japorã. “Viemos preparados para ficar aqui até que a gente seja atendido”, diz Tadeu, o único a responder pelo grupo.

Na mala, os sem-terra trouxeram feijão, abacate, mandioca e muitas panelas. Sob uma das escadas na parte externa da sede, instalaram um grande fogão e já colocaram o feijão cozinhar.

“É o básico, para ninguém passar fome. Por enquanto não vamos impedir ninguém de trabalhar, vamos ver como vai evoluir as negociações. A superintendência daqui tem a obrigação de pressionar Brasília para que os processos andem”, diz o único a responder pelo grupo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente

Palavra-chave

Entre em contato comigo

Nome:

E-Mail:

Assunto:

Mensagem: