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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Criadores cobram fiscalização


Mesmo sem caso de febre aftosa há 12 anos, o Ceará ainda é considerado um Estado de risco desconhecido da doença

Criadores de gado do Estado do Ceará realizaram, na manhã deste sábado, na Expoece, um protesto contra a febre aftosa. A mobilização foi para cobrar do governo do Estado mais fiscalização e campanhas a cerca da doença, porque mesmo não sendo notificado há 12 anos nenhum caso da aftosa no Ceará, o Estado encontra-se no status de “risco desconhecido” e isto está prejudicando a agropecuária local.

O presidente da Associação dos Criadores do Estado do Ceará, Flávio Saboia, teme que a qualquer momento os frigoríficos possam ter bloqueadas as suas exportações. “Estados vizinhos como o Maranhão e Rio Grande do Norte apresentam ‘risco médio’, o que mostra que o controle da febre aftosa foi intensificado por lá”.

O presidente da Conselho Regional de Medicina Veterinária, José Maria dos Santos, destaca que deve haver uma política concreta e efetiva sobre a defesa sanitária no Estado. A saída, segundo ele, seria aumentar o número de escritórios regionais da Agência de Defesa Agropecuária (Adagre). “Atualmente, são apenas 20 escritórios em todo o Estado, quando deveria haver no mínimo 40. Além disso, é necessária a urgência contratação de mais veterinários e técnicos agrícolas”, sugere. Cabe à Adagre fiscalizar as fazendas produtoras do gado, observar aplicação da vacina contra a febre aftosa e verificar a saúde animal.

“A situação é bem mais grave do que parece, pois se o Estado continuar sendo considerado uma área desconhecida para a febre aftosa, todos os produtores do agronegócio não poderão exportar também”, aponta José Maria dos Santos.

O veterinário Péricles Montezuma defende a necessidade de intensificar a fiscalização para que assim o Estado possa sair do “risco desconhecido” para “médio risco” e chegar até erradicação da doença. “O último foco de febre aftosa no Ceará aconteceu há 12 anos na cidade de Porteiras, quase no limite com o Estado de Pernambuco. De lá para cá, não houve mais nenhuma notificação. No entanto, o Estado continua sendo penalizado”, destaca.

Barreiras

O veterinário informa que o gado cearense está sendo ilhado em seu próprio Estado, porque barreiras sanitaristas não estão permitindo que ele chegue ao Estado do Maranhão. Já no próximo mês, quem fechará as portas para a passagem do gado será o Rio Grande do Norte.

“E se algum criador teimar em atravessar o gado por estes estados terá o seu gado abatido na fronteira”, informou. Segundo a Associação dos Criadores do Ceará, a agropecuária cearense representa 50% do agronegócio do Estado e emprega cerca de 18% da população.

De acordo com a coordenadora da Expoece 2008, Rejane Bastos, o governo do Estado lançaria, hoje, uma nova campanha de vacinação contra a febre aftosa, no entanto, o lançamento foi adiado com data ainda não divulgada.

FIQUE POR DENTRO
Doença gera perda da produção e embargos

De acordo com informações da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, a febre aftosa foi descoberta na Itália no século XVI. No século XIX, a doença foi observada em vários países da Europa, Ásia, África e América. Com o desenvolvimento da agricultura, houve também uma grande preocupação em controlar esta enfermidade e, no início do século passado, vários países decidiram combatê-la. A enfermidade agora está presente de forma endêmica em algumas regiões da Ásia, América do Sul, África e no Oriente Médio. Os prejuízos são causados pelas perdas diretas, com conseqüente queda na produção, e pelas perdas indiretas, por meio dos embargos econômicos.

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