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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Embrapa e Petrobras colocam no mercado em 2009 fertilizante feito à base de água do xisto

A Embrapa está prestes a obter um fertilizante com tecnologia genuinamente brasileira capaz de ser uma alternativa a produtos fabricados por gigantes multinacionais. Experimentos desenvolvidos na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS), com apoio da Petrobras, por meio do programa Xisto Agrícola, já comprovaram ganhos de até 15% na produtividade de culturas como arroz, milho e hortaliças a partir do uso de fertilizantes feitos à base de água extraída do xisto (rocha sedimentar formada há 250 milhões de anos e usada para produção de óleo e gás).

A expectativa dos pesquisadores é de ver o insumo produzido pela parceria Embrapa e Petrobras à disposição de agricultores de todo o país até o final de 2009. Atualmente, a equipe da Embrapa estuda três fórmulas diferentes.

O uso da água e de outros três subprodutos da rocha (calcário de xisto, xisto retortado e finus de xisto) na composição de adubos é estudado desde 2004 por uma equipe de 21 pesquisadores e 50 colaboradores da Embrapa. Após 36 meses de pesquisas um produto já foi colocado no mercado: a água de xisto, comercializada na forma de matéria-prima de fertilizantes para aplicação foliar.

"Agora trabalhamos para chegar a uma formulação própria, capaz de competir com os produtos existentes no mercado", anuncia o pesquisador Clênio Pillon, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado.

O percentual de 15% de ganho no rendimento das lavouras de milho e arroz é, conforme Pillon, satisfatório e está dentro da média dos produtos vendidos hoje no mercado brasileiro.

Outra boa notícia colhida pelos pesquisadores tem saído dos canteiros cultivados com feijão e batata, onde a aplicação de adubo à base de água de xisto aumentou a resistência das plantas a doenças e reduziu em até 50% a necessidade de aplicação de agrotóxicos.

"Estamos obtendo um avanço importante na elaboração de uma tecnologia nacional capaz de ser uma alternativa nesse mercado tão dependente de empresas estrangeiras", reforça Pillon.

FONTE

Zero Hora
Álvaro Guimarães - Jornalista

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