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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Embrapa contribui para revitalização do rio São Francisco

Infelizmente, as atitudes que têm devastado quilômetros e quilômetros de vegetação nas margens do rio São Francisco não são corrigidas com simples plantios de árvores nas áreas degradadas. Revegetar essas áreas é trabalho complexo que demanda questões como mobilização social e conhecimento científico, afirma o pesquisador da Embrapa Semi-Árido Tony Jarbas Ferreira Cunha, especialista em estudos que envolvem o solo e o meio ambiente.

Dois projetos em execução na instituição começam a estudar aspectos ambientais e sociais das áreas degradadas nas margens do rio em municípios pernambucanos e baianos com o objetivo de estabelecer medidas de recuperação. Um, “Contribuição à Revitalização do Rio São Francisco com Base na Reconstituição de Suas Matas Ciliares e Recuperação de Suas Áreas Degradadas nos Municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista”, é coordenado pelo pesquisador Tony Jarbas Ferreira Cunha e financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil.

Articulada - Outro projeto é “Diagnóstico de Áreas Degradadas e Plano Piloto de Recuperação das Margens do Rio São Francisco no Bioma Caatinga”, coordenado pelo pesquisador Ivan André Alvarez e conta com recursos da própria Embrapa. Os dois desenvolvem ações de pesquisa com vistas à integração e o fortalecimento de estudos ambientais pilotos para preservação e recuperação de vegetação ciliar em municípios do Submédio São Francisco nos estados de Pernambuco (Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista e Orocó) e da Bahia (Juazeiro, Curaçá, Sobradinho e Casa Nova).

Em toda a sua extensão, o Submédio São Francisco se estende de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA). São cerca de 110.446 km2 (17% da área da Bacia), e 440 km de extensão, onde vive uma população estimada em 1,944 milhões de habitantes. Segundo o pesquisador Tony Jarbas F. Cunha, as informações e conhecimentos obtidos com os dois projetos serão importantes para intervenções do poder público e organizações da sociedade civil, além de agricultores, na “implantação de sistemas agrícolas que considerem a variável ambiental articulada a um desenvolvimento sustentável”.

O pesquisador explica que a degradação da Bacia do Rio São Francisco tem origens diversas. A construção de barragens, o não tratamento e deposição inadequada do lixo urbano, a mineração, poluição das águas por esgotos domésticos e industriais são algumas delas. Os desmatamentos e mau uso dos recursos solo e água, por sua vez, são responsáveis pela erosão e compactação das terras que tem levado ao assoreamento do rio, riachos e reservatórios da bacia. Os projetos têm metas que visam a orientar a população ribeirinha e impedir a ocorrência ou o agravamento destes problemas.

Contexto – O pesquisador Tony Jarbas F. Cunha da Embrapa Semi-Árido explica que as ações iniciais dos projetos serão para identificar as áreas afetadas e os solos predominantes em cada ambiente. Farão também o levantamento das espécies vegetais. Na seqüência, acontecerão os “estudos de paisagem dentro de um contexto sócio-ambiental que compõe o entorno do rio e não apenas as suas margens. Aí as análises vão se aprofundar nas “questões que envolvem a degradação e a recuperação do rio”.

Para Tony as conclusões desses estudos vão subsidiar a exploração adequada dos recursos naturais e dos sistemas agrícolas na área de estudo, de forma que os produtores respondam aos níveis de demandas decorrentes do crescimento populacional e o desenvolvimento econômico. Com o avanço das pesquisas, os projetos prevêem ações de sensibilização e divulgação de informações através de cursos, palestras e dia de campo, além da elaboração de mapas e documentos técnicos.

A execução dos dois projetos tem a participação de outros centros de pesquisa da Embrapa (Embrapa Solos-UEP Recife, Embrapa Transferência de Tecnologia, Embrapa Floresta e Embrapa Agrobiologia), e de instituições de desenvolvimento, de pesquisa e ensino (Universidade do Estado da Bahia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Ibama, Chesf e Codevasf), além do Ministério Público de Pernambuco e prefeituras locais.

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