O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) começa a executar, ainda em setembro, o Plano de Ação para Controle do Greening no estado. A doença ataca os citros (laranja, limão, tangerina) e teve três focos registrados recentemente no sul de Minas. O Plano é constituído de nove ações que devem ser executadas até 2009.
O primeiro passo é a publicação de uma portaria que vai disciplinar a produção de mudas em viveiros telados, a entrada, o comércio e o trânsito de mudas e partes de plantas cítricas em Minas Gerais, entre outras determinações. A publicação do documento acontece ainda este mês.
Outra medida diz respeito aos levantamentos fitossanitários realizados pelo IMA. Eles devem ocorrer de maneira contínua para a verificação das condições sanitárias dos pomares. Desde julho o Instituto vem executado intensamente a ação, através da qual mil hectares de área plantada de citros estão sendo vistoriados.
Segundo o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o levantamento fitossanitário é imprescindível. "Minas Gerais tem 38 mil hectares de plantação de citros e é através dessas atividades que podemos acompanhar a atual situação de nossas lavouras. Identificando os focos podemos erradicá-los e evitar a disseminação para outras regiões do estado".
Também estão previstas no Plano, ações de educação sanitária sobre o Greening. Para essas atividades o IMA contará com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
O desenvolvimento de pesquisas científicas também foi abordado no Plano e deve acontecer em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e universidades.
Outras medidas estão previstas, como a ampliação da rede laboratorial para diagnóstico do Greening, entre outras.
O Plano de Ação para Controle do Greening foi definido na última semana, em reunião realizada na sede do IMA, quando estiveram presentes o secretário de estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, representantes do IMA, do MAPA e da cadeia produtiva de citros.
SIGATOKA NEGRA
Na oportunidade foi debatida também a situação da Sigatoka Negra em Minas. A doença que atinge as plantações de banana não ocorre no estado desde 2006. O IMA apresentou relatórios que comprovam a ausência da doença.
A expectativa é que Minas Gerais seja considerada como "Área Livre de Praga" (ALP), status que atualmente é aplicado a uma região restrita do estado, composta por 62 municípios localizados no Triângulo Mineiro, Vale do Jequitinhonha, Norte e Noroeste.
A ALP é uma área onde uma praga específica não ocorre, sendo esse fato demonstrado por evidência científica e na qual, de forma apropriada, essa condição está sendo mantida oficialmente.
O MAPA irá organizar uma reunião com os especialistas no assunto para que a situação de Minas Gerais seja estudada e definida.
FONTE
Instituto Mineiro de Agropecuária
Assessoria de Comunicação do IMA
Natália Nogueira – Jornalista
Telefone: (31) 3235-3504
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