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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Embrapa-PI é a primeira a cultivar feijão-caupi biofortificada

Lançada há dois meses, a cultivar BRS Xiquexique é um dos grandes achados tecnológicos dos últimos anos. Desenvolvida pela Embrapa Meio-Norte (Teresina-Piauí), é a primeira cultivar de feijão-caupi biofortificada, e um dos destaques da exposição VI Ciência para Vida , que vai até este domingo, dia 28, em Brasília.



A biofortificação é uma das estratégias do Governo Federal, através da Embrapa, no combate à desnutrição. Ela consiste no desenvolvimento de cultivares melhoradas que apresentam grande conteúdo de minerais e vitaminas.



A BRS Xiquexique foi desenvolvida a partir de avaliações dos conteúdos de ferro e zinco, durante três anos de intensas pesquisas. Ela foi destaque nos estudos superando duas cultivares ricas em zinco e ferro, usadas como testemunhas e introduzidas no Brasil pelo o IITA – International Institute of Tropical Agriculture, que tem sede na cidade de Ibadan, na Nigéria.



Com um custo de pesquisa em torno de R$ 240 mil, a cultivar, segundo o pesquisador Maurisrael de Moura Rocha, alia alta qualidade física e nutricional do grão com alta performance agronômica, garantindo, assim, uma boa aceitação pelo agricultor e o mercado. A tecnologia é para beneficiar os produtores no atacado. Ou seja: pequenos, médios e grandes.



A produtividade é um dos destaques da BRS Xiquexique. Nos testes realizados no Piauí, Pará, Roraima, Mato Grosso, Sergipe, Maranhão e Rio Grande do Norte ela obteve grande performance. No Mato Grosso, por exemplo, ela superou uma das duas testemunhas em quase uma tonelada por hectare. O placar foi este: BRS Xiquexique 1,5 tonelada - Testemunha1 696 quilos.



Em nível regional, a tecnologia está disponível para os produtores de Sergipe, onde a cultivar teve uma produtividade de 952 quilos por hectare nos testes. A Embrapa, segundo o pesquisador Francisco Freire Filho, coordenador dos estudos, está se preparando para lançar a BRS Xiquexique em todo o País em 2009.



A perspectiva de exportação da cultivar é boa. De acordo com Francisco Freire Filho, ela tem potencial para entrar com sucesso nos mercados consumidores da Índia, Turquia, Canadá e Portugal, países que são compradores históricos do feijão-caupi brasileiro.



O trabalho da Embrapa Meio-Norte para desenvolver a BRS Xiquexique teve o apoio das Unidades Transferência de Tecnologia, Agropecuária Oeste, Amapá, Amazônia Ocidental, Amazônia Oriental, Rondônia, Roraima, Agroindústria de Alimentos, além das empresas de pesquisa agropecuária de Pernambuco e do Rio Grande do Norte.



O feijão-caupi tem uma área de cerca de 1,5 milhão de hectares plantados em todo o País, gerando aí 1 milhão de empregos. A produtividade média ainda é considerada baixa: 340 quilos por hectares, com um custo de R$ 1 mil por hectare. Em 2007, as exportações chegaram a 30 mil toneladas, ao preço médio de R$ 70 a saca.
Fonte: Canal Rural

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