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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Gripe aviária

A Gripe Aviária é uma doença extremamente contagiosa, causada por vírus. Existem três tipos de vírus influenza: A,B e C. Apenas o tipo A acomete todas as espécies de aves. Os tipos B e C acometem o homem. Houve apenas um caso do tipo A em humanos. Há uma forte suspeita de que o tipo A possa acometer os suínos e outros mamíferos. O vírus tipo A se divide em vários subtipos, dependendo de sua composição, formada por duas proteínas chamadas HA e NA. Existem quinze possibilidades para a proteína HA (HA1 a HA 15) e nove para a proteína NA (NA1 a NA9). Há várias combinações gerando vários subtipos de vírus. O subtipo H5 e H7 causam doença de grande severidade nas aves, podendo levar a 100% de mortalidade, outros subtipos causam doenças leves. A doença pode ser de dois tipos: Altamente severa que é extremamente contagiosa e altamente fatal. As aves podem morrer no mesmo dia em que aparecem os sintomas. Leva a 100% de mortalidade (H5 e H7). E baixa severidade que, às vezes, só causa redução de ovos, penas eriçadas ou discretos sinais respiratórios e digestivos, que podem passar desapercebidos. Porém se as cepas de baixa patogenicidade ficam muito tempo circulando no ambiente das aves podem se transformar, passando a ser evidentes e fora de controle.

As cepas do tipo A, que antes acometiam somente as aves, causaram a doença ao homem pela primeira vez em Hong Kong, em 1997, provocando 6 mortes e o sacrifício de 1,5 milhões de aves-cepa H5N1. Em 1999, surgiram, no mesmo país, mais dois casos moderados em crianças com a cepa H9N2 e, em 2003, outro com o cepa H9N2 e ainda um surto em humanos com 2 casos e uma morte devido à cepa H5N1. Em 2003, países como Bélgica e Holanda foram acometidos por um surto da cepa H7N7 e, em 2004, a Coréia do Sul e o Vietnã, com cepa H5N1.

As conseqüências para os países contaminados são grandes perdas econômicas devido à interrupção imediata da exportação de produtos avícolas (aves vivas e derivados), sendo necessário o abate de todos os plantéis positivos e a limpeza e desinfecção de todos os ambientes sociais, pois há o risco para a saúde humana – a Organização Mundial de Saúde teme por uma pandemia.

Os principais transmissores são as aves silvestres - as aquáticas são as principais fontes de disseminação e contaminação, principalmente, durante a migração e aves domésticas e de cativeiros, pois criadas soltas podem ter contato com secreções de aves migratórias positivas e passar para os plantéis industriais.

A doença se espalha de um país para outro através das aves migratórias, como patos, gansos, gaivotas que são resistentes à infecção e que em determinadas épocas migram de um país para outro e, ainda, com o comércio internacional de aves vivas e produtos. Dentro do país a doença se espalha através das fezes e secreções respiratórias de aves migratórias/silvestres que contaminam o solo, ar, água ou através do contato direto com aves de fundo de quintal ou industriais. As fezes e a água contaminada podem chegar aos animais confinados ou não através de equipamentos, veículos, pessoas e água.

O vírus permanece vivo por longos períodos em tecidos, penas, fezes e água. Em temperaturas frias sobrevive em materiais contaminados até três meses. Na água sobrevive por 4 dias em temperaturas de 22 graus e mais de 30 dias, a zero graus. Para a forma altamente patogênica, uma simples grama de material contaminado, pode infectar 1 milhão de aves.

Para cepas de alta patogenicidade, os sintomas da doença são: depressão, redução de apetite, interrompimento de postura, ovos deformados e sem casca, sinais nervosos, inchaço e coloração azulada de barbela e crista, tosse, espirro e diarréia. A mortalidade pode chegar em 100% no período de 1 a 3 dias.

Prevenção e medidas de biossegurança foram prontamente tomadas. Um Plano Estadual de Contingência para prevenir a Influenza Aviária foi criado e o Ministério da Agricultura proibiu a entrada de aves, seus produtos e subprodutos vindos de países que acusaram o problema. Também intensificou a vigilância nos aeroportos e portos com vistoria de bagagens procedentes de países onde ocorra a doença e, desde então, vem realizando exames em aves migratórias, abatedouros de frangos, perus e galinhas.



Fonte: Insituto Biológico / São Paulo
Autor: Antonio Guilherme M. de Castro - Médico Veterinário - Pesquisador

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