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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sapezal larga na frente

MARCONDES MACIEL
Da Reportagem

Sapezal, no noroeste mato-grossense, por mais um ano dá a largada ao plantio da safra de soja brasileira. Os primeiros hectares da temporada 08/09 já começaram a ser cultivados na região. Produtores aguardam pelas chuvas para ‘deslanchar’ o plantio.

“Plantamos até agora pouco mais de 100 hectares de soja precoce em Sapezal”, informou Guilherme Scheffer, do Grupo Scheffer. A previsão do grupo é plantar este ano 40 mil hectares de soja nos municípios de Sapezal (460 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) e Campos de Júlio (553 quilômetros a noroeste de Cuiabá).

Segundo Scheffer, o plantio de 100 hectares de soja “foi apenas para alinhar e regular” as plantadeiras. “As chuvas ainda estão escassas. Não temos umidade suficiente no solo para deslanchar o plantio. Estamos dependendo de chuvas”. A expectativa do grupo é concluir o plantio até o dia 10 de novembro.

Ainda na região de Sapezal, os grupos Bom Futuro, do sojicultor Eraí Maggi, e o Agropecuária Maggi, do governador Blairo Maggi, também já deram início ao plantio.

“A informação que temos é de que o tempo ainda está muito seco em todo o Estado e apenas alguns produtores se arriscaram a plantar em Sapezal, onde deu uma chuva na semana passada”, disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira. Ele acredita que o plantio será deslanchado a partir de outubro.

Segundo ele, os produtores ainda estão apreensivos em relação a esta safra. “Muitos [produtores] ainda não conseguiram adubo, por falta de crédito. A próxima safra ainda é uma incógnita, mesmo com a temporada de plantio já aberta”.

VAZIO - Silveira informou que o período do Vazio Sanitário “foi muito bom” em Mato Grosso. “Houve adesão maciça dos produtores e apostamos em menor incidência da ferrugem asiática da soja nas lavouras este ano”.

De acordo com o coordenador da Comissão de Defesa Vegetal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA) em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, “de uma forma geral o saldo foi positivo, pois o Indea atuou junto aos produtores e fez as recomendações necessárias no sentido de tomar os cuidados e evitar o plantio de soja no período do Vazio”.

Ele informou que no início do período do período de proibição do plantio da soja, como forma de impedir a manutenção dos fungos da ferrugem asiática de uma safra para outra, que começou no dia 15 de junho e se estendeu até 15 de setembro, foram detectados alguns problemas com o aparecimento de plantas tigüeras, aquelas germinadas involuntariamente, geralmente, pelos grãos remanescentes da colheita. “Mas orientamos os produtores e eles fizeram a destruição das plantas para evitar o desenvolvimento e propagação da ferrugem”.

Até o dia 31 de agosto o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT) havia registrado 150 notificações contra produtores que não fizeram a destruição total das plantas tigüeras nas lavouras de soja no período do Vazio Sanitário. Nesse período, 1.043 propriedades foram fiscalizadas pelo órgão.

A recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é para que os produtores façam o plantio antecipado de soja utilizando variedades precoces e fazendo o monitoramento efetivo da lavoura, com aplicações preventivas ou nos primeiros sintomas da ferrugem asiática.

“O produtor deve estar atento à qualidade dos produtos, utilizando equipamentos bem regulados e fazendo a aplicação da dose recomendada”, recomenda Guerra.

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