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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Trabalhadores atuam em defesa do meio ambiente

Preservar o meio ambiente é preservar a humanidade. Cuide da mãe terra, que ela cuida de você”. Sábias palavras de um homem simples. Paulo Sebastião da Silva, 53 anos, um dos 22 mil trabalhadores rurais cadastrados no Programa Chapéu de Palha em Pernambuco é morador de Ribeirão, a 83 quilômetros do Recife. Ele é chamado pelos amigos de Paciência. O apelido tem dois motivos. O primeiro é pelo modo tranqüilo de falar. A segunda razão é a calma na espera pelo crescimento das plantas. Com apoio do Programa Chapéu de Palha, ele mantém um viveiro de mudas da mata ciliar.



“Transformei o lugar onde moro em uma pequena reserva florestal”, disse. O viveiro está localizado no assentamento de Serrinha, a 9 quilômetros do centro de Ribeirão. As sementes para o plantio das mudas foram colhidas pelo trabalhador e mais 10 famílias que fazem parte da Associação dos Agricultores e Agricultoras Florestais de Ribeirão - Aflora. Dos cinco hectares de terra que o trabalhador possui no assentamento, 3,5 hectares tem algum tipo de vegetação plantada.

De acordo com Lauro Teles, representante da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária na Comissão Executiva do Programa Chapéu de Palha, no viveiro de Paciência já existem mais de 40 mil mudas de espécies florestais, entre elas, Visgueiro, Craiba, Embira, Cafezinho da Mata, Castanhola, Baraúna, Cedro, Ipês, Ibimba, entre outras.

A experiência dele estimulou a prática da preservação ambiental entre os vizinhos, que passaram a plantar e produzir mudas de mata ciliar em suas terras, também com incentivo do Chapéu de Palha. Desde o ano passado, o programa, em parceria com a Aflora, atua no reflorestamento da mata ciliar em Ribeirão, em especial nos 35 hectares do as-sentamento de Serrinha, onde estão as nascentes que alimentam o rio Sirinhaém. “Este ano, foram plantadas cinco mil mudas. Até o final de setembro, serão plantadas outras 35 mil. Serão 40 mil mudas no total, com o objetivo de preservar as nascentes e recompor a mata ciliar”, informou Lauro Teles.

Outras associações que funcionam nas cidades de Primavera, Palmares, Joaquim Nabuco, Vicência, também, produzem mudas para o reflorestamento do Programa Chapéu de Palha. Assim como Ribeirão, que produz as espécies e faz o plantio, esses municípios também o farão. Em 2007, foram plantadas 46 mil árvores de mata ciliar, nos 52 municípios da Zona da Mata Norte e Sul, que participam do programa. A meta para 2008 é chegar aos 100 mil pés. O município de Quipapá já recebeu 6 mil mudas, Pombos 4 mil, Maraial 1,2 mil, Aliança mil e Ribeirão 5 mil. A proposta do Governo é que até o fim de setembro - fim da entressafra da cana-de-açúcar - todas as mudas estarão plantadas.

Atuação - O Chapéu de Palha foi recriado em maio de 2007, com o objetivo de melhorar as condições de milhares de famílias em toda zona canavieira de Pernambuco, no período da entressafra da cana, que vai de maio a setembro. Os cadastrados recebem uma bolsa de até R$ 190,00 e participam de ações nas áreas de geração de renda, reforço alimentar, capacitação e melhoria da qualidade de vida da população, especialmente nas áreas de educação, saúde, cidadania, habitação e meio ambiente. Atualmente, 52 municípios de Pernambuco são atendidos com as ações.

Uma comissão gestora formada por 13 secretarias estaduais administra o programa. Também participa da comissão a Federação dos Trabalhadores Rurais de Pernambuco e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar. “É de responsabilidade de cada secretaria administrar um dos 13 pontos, que integram o programa. A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, por exemplo, cuida da revitalização dos espaços públicos e da questão ambiental”, acrescentou Lauro Teles.

Capacitações - Até esta primeira semana de setembro, cerca de 3 mil trabalhadores de 52 municípios da Zona da Mata pernambucana cadastrados terão recebido treinamento sobre meio ambiente. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. O investimento é ordem de R$ 360 mil.

Os participantes recebem orientações sobre questões ambientais e são treinados para o plantio de mudas nativas da mata ciliar às margens dos rios Una, Ipojuca, Pirapama, Goiana, Capibaribe e Serinhaém. Cartilhas ilustradas, dinâmica de grupo e aulas práticas são utilizadas para facilitar o aprendizado do trabalhador.

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