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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Correntistas se revoltam com greve dos bancários


O segundo dia de paralisação dos bancários em Natal foi motivo de indignação para quem precisou ir aos bancos no primeiro dia útil do mês. “Eu estava internada no Hospital Santa Catarina esta manhã e precisei tirar dinheiro numa máquina do Banco do Brasil que tem no hospital. A máquina registrou o saque de mil reais, mas eu não recebi nada. O dinheiro era para comprar remédios, estou sentindo muita dor, mas tive que me levantar e vir aqui para o centro da cidade tentar falar com o gerente da minha agência, mas até agora ninguém quis me atender”, conta a aposentada, Iracilda Alves Campos.

O caso da aposentada não foi o único. Na agência do Banco do Brasil, que fica na Rio Branco, os mais prejudicados pela greve foram aqueles que precisavam utilizar os serviços internos do banco como compensação de cheques e saque de benefícios. “A lei manda que 30% dos serviços funcionem em caso de greve. A gente recebe benefício para pagar as contas e não pode sacar. Eles têm direito de fazer a greve, a gente sabe disso, mas onde estão os 30% de funcionamento?” indaga o supervisor de segurança, Camargo Filho, que, segundo ele, aguardava atendimento há cerca de quatro horas.

A lei a que se refere o supervisor de segurança é a lei federal 7.783, que regulamenta os direitos e deveres dos grevistas do setor privado, como não existe uma lei específica para o setor público, o Superior Tribunal Federal (STF) decidiu aplicar a já existente, fazendo as adequações necessárias, enquanto não fosse votada uma lei específica para os funcionários públicos. A lei 7.783, prevê que, sendo considerado um serviço essencial, 30% das atividades devem ser mantidas. Uma das diretoras do Sindicato dos Bancários, Marta Turra, garante estar cumprindo a lei, mesmo sabendo que o serviço bancário, não é um serviço essencial. “Os caixas de auto-atendimento representam, na verdade, mais de 30% dos serviços em funcionamento numa agência”, explica a diretora. Marta Turra concorda que greves provoquem transtornos, mas justifica, dizendo que só em situações extremas o Sindicato deflagra uma greve. “Nós estamos reivindicando os nossos direitos, intransigentes estão sendo os banqueiros e o governo. A greve é uma situação extrema, nós lamentamos muito os transtornos provocados”, declara Marta e segue dizendo que a população também deveria pressionar o governo para que contratassem novos funcionários, para melhorar o atendimento nas agências bancárias.

A contratação de novos funcionários é uma das reivindicações dos bancários, a principal é o reajuste salarial de 31%. De acordo com o Assessor de Imprensa do Sindicato dos Bancários, Rafael Duarte, o reajuste solicitado cobre apenas parte das perdas salariais. Segundo Duarte, os bancários da Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Banco do Brasil, tiveram respectivamente 101%, 110% e 92% de perdas salariais. “O reajuste de 7,5%, que nos foi oferecido é uma comédia. Este valor não satisfaz a categoria” contesta um dos diretores do Sindicato dos Bancários, Wellington Luiz. O diretor explica que a greve continuará até que os bancários do país inteiro, estejam de acordo com os novos valores oferecidos. Wellington Luiz lembra ainda, que assembléias diárias estão sendo realizadas no Estado, com o objetivo de fazer um balanço da greve.

A assessoria de imprensa do Banco do Brasil do Estado, Shirley Manso, garante que os serviços oferecidos pelos terminais de auto-atendimento continuaram funcionando e que alguns funcionários do banco continuarão trabalhando, tanto para contar os envelopes depositados, quanto para manter os terminais abastecidos. Com relação ao atendimento interno das agências, a assessora informa que não pode garantir que seja feito, já que os funcionários têm o direito de se posicionarem quanto à adesão à greve.

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