Em Itajaí, o desespero pela falta de comida levou centenas de pessoas a buscarem alimentos no lixo. No meio de áreas alagadas, como os supermercados estão fechados, o que é encontrado nas ruas é carregado pelos moradores.
O pescador Carlos Borba diz que é a única alternativa para sustentar a família. “Já faz três dias. Nós estamos catando na rua para sobreviver”, afirmou.
Para atender aos desabrigados, a Defesa Civil continua distribuindo água, comida, remédios, roupas e colchões. Nas cidades alagadas, o trabalho é de resgate.
Uma família esperava por socorro desde sábado, mas não pôde ser resgatada porque o helicóptero estava lotado. Na região de Blumenau, o exército também presta atendimento médico.
Em um abrigo, um bebê de 40 dias e uma criança beberam água da inundação e se contaminaram. “Elas sentiram dor de barriga”, disse o tratorista João da Silva.
O número de vítimas não pára de crescer. Na Grande Florianópolis, fendas abertas pela chuva, crateras e muitos deslizamentos de terra deixaram milhares de famílias isoladas. Nesta quarta-feira, o presidente Lula e quatro ministros sobrevoaram a região de Itajaí. Devido às fortes chuvas, a comitiva não pôde ir até Blumenau. Lula anunciou a liberação de R$ 1,6 bilhão para as cidades atingidas pela chuva no país e disse que é possível estudar a liberação fundo de garantia para as vítimas da tragédia.
De acordo com a Epagri, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina, o arroz e o fumo são as culturas mais atingidas pela chuva. Lavouras de soja, milho, trigo e feijão estão concentradas em outras regiões do Estado, onde não houve registro de perdas. A Epagri informou que só será possível fazer um balanço mais preciso do prejuízo depois que as águas baixarem.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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