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quinta-feira, 26 de março de 2009

Ceará não melhora classificação da aftosa

Auditoria estabeleceu mais metas a serem cumpridas pelo Governo do Estado. Nova avaliação acontecerá no fim do ano

Fortaleza. A classificação do Ceará, quanto à febre aftosa, ainda não mudou. Mesmo depois da auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no fim do ano passado, e dos esforços da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA), o risco desconhecido ainda vai continuar a impedir o comércio do Ceará com os demais Estados do País, principalmente aqueles que possuem uma classificação livre quanto à doença. Mesmo assim, uma nova auditoria ficou prevista para os meses de outubro a dezembro no Estado. Será uma nova oportunidade de ter uma possível mudança de classificação. A informação sobre o resultado da auditoria foi repassado ontem pelo presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), Edilson de Castro, durante a realização da reunião do Circuito Pecuário Nordeste, em Fortaleza.
Segundo Castro, ainda existem muitas metas a serem cumpridas pelo Ceará para reverter este quadro e fazer com que as barreiras fiquem livres para o comércio da carne bovina. “Foi mais uma auditoria orientativa e eu não esperava que o resultado fosse modificado logo. Temos muitas metas a serem cumpridas ainda”, disse. Seguindo o cronograma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, há a expectativa de que o Brasil esteja totalmente livre da febre aftosa até 2010. Por isso as campanhas e os trabalhos serão intensificados no Ceará e nos demais Estados em que a classificação é também de risco desconhecido. “Vamos trabalhar para atingir esse objetivo”, completa Edilson de Castro.
O secretário de Agricultura do Estado, Camilo Santana, não quis comentar o resultado da auditoria e permaneceu calado boa parte do tempo durante a reunião. Acompanhou a explanação do Ministério para que o Estado se adeque às exigências, da mesma forma que cumpra as metas estabelecidas. No total, o Estado possui 11 metas a serem trabalhadas durante todo o ano, prevendo a conclusão de cada uma delas em tempo hábil, até o início do segundo semestre.
As metas incluem: definição da estrutura de defesa sanitária, implantação e estruturação das unidades locais, adequação do quadro de recursos humanos, capacitação e treinamento, conclusão e inclusão de cadastro no Sidagro, controle do trânsito de animais e produtos, implantação de equipes móveis de fiscalização, consolidação da vacinação acima de 80% por município, criação e implantação do Fundo Emergencial, participação da comunidade e, principalmente, a realização de auditorias locais.
No entanto, o que poderia ser uma preocupação somente local, é também enfrentada por outros Estados. Paraíba, Pernambuco e Piauí, além do Ceará, passam pelas mesmas dificuldades em relação à aftosa. Juntos, eles irão receber visitas e acompanhamento técnico do Ministério para que as metas sejam cumpridas e melhor estruturadas para se atingir o resultado. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Inácio Afonso Kroetz, “vamos firmar parcerias para disponibilizar técnicos experientes e com o perfil adequado para elaborar planos e metas, além de organizar da melhor forma possível um plano de mudança desses resultados”, enfatiza.
Um dos exemplos apresentados durante o Circuito Pecuário Nordeste foi o do Estado do Tocantins que conseguiu obter a classificação livre da doença. De acordo com o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins, Humberto Viana Camelo, o trabalho de fiscalização é constante. “É uma conquista muito difícil. Mas percebemos que os outros Estados estão bem nas ações desenvolvidas contra a aftosa”. No entanto, Ceará e Tocantins já foram semelhantes quanto à aftosa: os dois apresentaram, há 12 anos, o último registro da doença. E, mesmo assim, o Estado do Ceará continua muito aquém de Tocantins, na tentativa de mudança de classificação.

RESULTADO

4 mi de bovídeos foram vacinados tanto na primeira quanto na segunda etapas da campanha contra a febre aftosa, promovida pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário

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