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sábado, 28 de março de 2009

Defesa Agropecuaria -Resultado de auditoria causa preocupação


Criadores e associações estão preocupados com a situação da febre aftosa no Ceará

Fortaleza. A situação do Estado, com relação à febre aftosa, é considerada preocupante para criadores e presidentes de associações. O fato de o Ceará ainda permanecer com a mesma classificação — risco desconhecido — requer mais atenção por parte do poder público para atingir as 11 metas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Uma nova auditoria ficou prevista para o próximo mês de agosto, podendo ter a data alterada. Enquanto isso, a preocupação se mantém. Da mesma forma que os trabalhos desenvolvidos para atingir as metas. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), José Ramos Torres de Melo, o Ceará vai fazer o possível para reverter esta situação, principalmente porque “não está acostumado a ficar numa posição inferior aos demais Estados e lógico que vai querer assumir a posição de vanguarda que merecemos ocupar”.

Além disso, Torres de Melo salienta que as experiências apresentadas durante a realização do Circuito Pecuário Nordeste, em Fortaleza, deixaram claro que a situação é quase semelhante para boa parte dos Estados do Nordeste. “O Ministério foi muito enérgico na cobrança das metas e houve um comprometimento da parte do secretário Camilo Santana para fazer todo o esforço. Creio que nós e a equipe do Ceará iremos fazer um esforço para que não fiquemos numa posição dessas”, salienta Melo.

Novo cadastro

Na tentativa de reverter a classificação do Estado, Torres de Melo tem disponibilizado a federação para completar o cadastro com as informações sobre os pecuaristas e vacinação. “Caso seja necessário, iremos ajudar novamente. Foi assim no início, quando começamos a fazer os cadastros para que fosse desencadeado o processo no Estado e depois entregamos novamente à Adagri”.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), professor José Maria dos Santos Filho, não é só preocupante a questão da sanidade no Estado, mas deve-se ter atenção para questões pontuais.

“O Ceará tenta ser um líder regional, que investe muito na indústria, mas ainda existem problemas sanitários que não só incluem a febre aftosa. O governo, mais recentemente, tem tentado reverter esse quadro, só que isso se faz com mais investimentos, com pessoal qualificado”, diz.

Para o presidente da Associação de Criadores do Estado do Ceará, Flávio Saboya, a primeira inspeção feita pelo Ministério teve apenas o caráter de analisar e fazer as devidas exigências a serem cumpridas pelo Governo do Estado. “No fim deste ano será sim a nossa esperança. Tenho certeza de que o Governo do Estado ultrapassará as exigências definidas pelo Ministério. Quanto aos agricultores e associações, já começamos a trabalhar para a primeira etapa de vacinação que acontecerá em abril”.

Ele ressaltou também que a associação estará disponível para realizar qualquer trabalho em parceria com o Governo do Estado. Além disso, Saboya destaca a criação do Fundo de Defesa Agropecuária (Fundeagro), criado pela federação e associações ainda no ano passado. O fundo — fator decisivo também para a mudança de classificação em relação à aftosa —, será o suporte financeiro para as situações emergenciais em caso de registro da doença, mesmo após ter adquirido uma nova classificação.

“O fundo deve ser utilizado em situações emergenciais, como em sacrifício de animais, deslocamento de pessoal qualificado para realizar inspeções quando necessário. Ainda não há uma definição de valores para o Fundo, mas há necessidade de aporte de recursos para, principalmente pelo Governo do Estado”.

Suporte financeiro

Ele conta que, em Mato Grosso, os governos Federal e Estadual deram um suporte financeiro quando foi registrado o último caso de febre aftosa. “O que viabiliza o fundo é a contribuição espontânea”. Para o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), Edilson de Castro, a auditoria era apenas uma avaliação prévia, mas que tem importância por dar um norte às ações do Estado. “Foi investido muito dinheiro na estruturação da Adagri, no fortalecimento das agências locais, compra de veículos, computadores. Estamos alcançando a meta. E todos os Estados passam por muitas auditorias para que a classificação mude. Com o Ceará não seria diferente”.

MAURÍCIO VIEIRA
Repórter

Mais informações:

Agência de Defesa Agropecuária: (85) 3101.2500
Federação da Agricultura do Estado do Ceará
(85) 3535.8000

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