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segunda-feira, 9 de março de 2009

Potencialidades da canola na produção de biodiesel


A canola é uma oleaginosa de inverno, desenvolvida por melhoramento genético convencional de colza. Apesar dos inúmeros aspectos positivos no consumo da canola na alimentação, um novo cenário começa a abrir mercado para a cultura: o biodiesel. Os grãos de canola produzidos no Brasil possuem 38% de óleo, aproximadamente o dobro dos 18% da soja. A transformação da canola em biocombustível permite aproveitar os grãos que sofreram excesso de chuva na colheita, seca, ou outros fatores que comprometem a qualidade para comercialização.

Na Embrapa Trigo as pesquisas e experiências com a produção e uso de óleo de colza como combustível, iniciadas nos anos 1980, foram interrompidas na década de 1990 após o abrandamento da crise do petróleo e conseqüente alteração de prioridades governamentais. No final dos anos 1990, retomou-se a pesquisa com essa cultura, exclusivamente com o padrão canola. Atualmente, com a demanda pelos biocombustíveis, essa cultura conta com um novo incentivo de produção. O óleo de canola é o mais utilizado na Europa para produção de biodiesel e constitui padrão de referência naquele mercado.
O cultivo de canola possui grande valor sócio-econômico por possibilitar a produção de óleos vegetais no inverno, vindo se somar à produção de soja no verão, e assim, contribuir para otimizar os meios de produção (terra, equipamentos e pessoas) disponíveis. A grande disponibilidade de áreas adequadas ao cultivo de canola no estado do Rio Grande do Sul (RS), é ilustrada pelo fato de que o RS cultiva atualmente área bem inferior aos 2 milhões de hectares de trigo que já cultivou no passado. Portanto, a produção de canola nestas áreas poderá permitir a expansão da produção de óleo para utilização como biodiesel, além de expandir o emprego desse óleo para consumo humano e contribuir decisivamente para tornar o Brasil em um importante exportador desse produto.

A canola é a terceira maior commoditie mundial, respondendo por 16% da produção de óleos vegetais, logo atrás da soja (33%) e da Palma (34%), além do óleo de canola ser também o terceiro mais consumido. Os principais produtores são China, Índia, Canadá e Austrália, onde a oleaginosa é cultivada em altas latitudes. A introdução da canola em baixas latitudes é uma experiência pioneira no mundo, realizada em colaboração com empresas interessadas em canola, que está promovendo o cultivo na região Centro-Oeste, a partir de genótipos menos sensíveis a fotoperíodo, uma tropicalização da cultura. Experimentos bem sucedidos têm sido realizados em GO e MG, apontando a canola como um grande potencial na expansão do agronegócio do Cerrado, como cultivo de safrinha.


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