Em sua edição de 15 de março, o Jornal Pequeno denunciou em primeira mão que a luxuosa residência oficial de José Sarney em Brasília, no Lago Sul, foi usada, durante dois dias (7 e 8 de março), para hospedar amigos e integrantes do clã Sarney que fazem parte da “turma de carteado” da líder do governo Lula no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
Ao menos sete pessoas teriam viajado de São Luís a Brasília com passagens emitidas pela agência Sphaera Turismo pela cota parlamentar de Roseana. A senadora deu diversas versões para o caso. Primeiramente admitiu para “O Estado de S. Paulo” que pagou com sua cota quatro passagens para “assessores políticos” que teriam ido a Brasília, segundo ela, para uma “reunião de trabalho”. Para a “Folha de S. Paulo”, Roseana manteve a versão de “reunião de trabalho”, mas diminuiu primeiro para três e depois para dois o número de bilhetes pagos pelo Senado.
Nesta semana, a senadora “desdisse” tudo o que já havia afirmado e declarou ao site “Congresso em Foco” – que também acompanhou o assunto – que pagou com um cheque pessoal de R$ 4.332,96, e não com sua cota, as passagens de quatro pessoas: Eduardo Haickel (dono do posto de combustível Tiger), Henry Duailibe (dono da concessionária Duvel, da Ford), Adalberto Furtado (o “Bil”, dono da Construtora Skala) e Maria dos Remédios Braga. Os três primeiros fazem parte do grupo que há vários anos joga cartas com a senadora. Outros dois integrantes da “turma do pif-paf” da senadora – Teresa Murad Sarney e Sebastião Murad – também já admitiram que viajaram a Brasília – com passagens financiadas por eles próprios – para o “encontro de trabalho” na residência oficial de José Sarney.
A cópia do cheque de R$ 4.332,96 não foi apresentada. A procuradora da República Anna Carolina Resende, do Ministério Público Federal de Brasília, investiga o assunto e já encaminhou um pedido de explicações oficial a Roseana.
domingo, 29 de março de 2009
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