Os técnicos da Emdagro dão toda a assistência aos produtores de banana, orientando-os sobre a correta prevenção da praga
28/04/2009 - 15:13
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou na última semana que Sergipe continua com o status de área livre da praga Sigatoka Negra, após avaliação do projeto emitido pela Empresa do Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Nunca houve registro da doença causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis no estado.
A Sigatoka Negra ataca as folhas ou a parte aérea da bananeira. Nas plantas infectadas surgem pequenas descolorações que, em estágio mais avançado, adquirem o tom marrom-escuro. Toda a folhagem fica necrosada e morre. Por conta disso, os frutos não se desenvolvem, ficando pequenos, disformes e com maturação precoce. A doença é influenciada por fatores ambientais como vento, umidade e, principalmente, chuva. As condições favoráveis para a proliferação da praga são temperaturas maiores que 21ºC e altas taxas de umidade.
Para a coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade Nascimento, a manutenção do status é um reconhecimento de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos técnicos da empresa no território do Baixo São Francisco sergipano, que responde por 75% da produção de banana no estado. “Manter Sergipe como área livre da praga significa dizer que temos legalidade para impedir e fiscalizar as cargas oriundas de outros estados que não possuem a mesma certificação e que tenham Sergipe como roteiro de passagem”, explica a coordenadora.
Ainda segundo Maria Aparecida, o Estado faz dois levantamentos fitossanitários por ano nas propriedades que produzem banana e depois emitem um laudo em que constatam a ausência da doença. Em seguida, a Emdagro solicita ao Mapa a manutenção do status de área livre da doença, que, por sua vez, só é concedido após a análise dos procedimentos relacionados à Defesa Sanitária Vegetal.
Metodologia de controle
Os técnicos da Emdagro dão toda a assistência aos produtores de banana, orientando-os sobre a correta prevenção da praga. Duas formas de controle são adotadas nas propriedades, o controle cultural e o químico. Na primeira, elimina-se as bananeiras sem tratamentos ou as que estão abandonadas. Algumas condições são necessárias: o solo deve ter uma boa drenagem e uma nutrição adequada, deve-se combater plantas invasoras e doentes e ser realizado um dimensionamento das áreas plantadas, de forma a não deixar áreas sem cobertura. O controle químico se dá através de aplicação de princípios ativos registrados pelo Mapa.
A Emdagro também fiscaliza o cumprimento da legislação sanitária vigente que disciplina a entrada, o trânsito e o comércio de mudas, frutos e partes da bananeira, caixaria e materiais de propagação utilizados no condicionamento e embalagem das bananas.
Fonte: ASN
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