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domingo, 8 de junho de 2008

Fruticultura-RN quer novos mercados para frutas

Conquistar o mundo com o sabor de nossas frutas. O que pode soar pretensioso para alguns está nos "sonhos" dos fruticultores potiguares. Com uma produção crescente a cada ano e vendendo seus produtos para países como Estados Unidos, Espanha, Holanda, Portugal e França, eles querem mais. A idéia não é apenas expandir em busca de lucros. A queda do dólar nos últimos anos é um dos fatores que faz com que os empresários do setor - que negociam ao preço da moeda americana, mas contam seus lucros em Real - busquem cada vez mais novos mercados. O objetivo ficou bem claro durante a edição deste ano da Feira Internacional de Fruticultura Irrigada (Expofruit 2008) que trouxe representantes de diversos países interessados em provar o que há de bom por aqui.

No ano passado, o Rio Grande do Norte exportou 208 mil toneladas de melão, o equivalente a US$ 130 milhões (R$ 212 milhões). Junto com as demais frutas foram cerca de 250 mil toneladas vendidas, totalizando quase US$ 200 milhões (R$ 326 milhões). Segundo dados do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex) - entidade que representa os empresários deste segmento - cerca de 25% destes produtos são encaminhados para o Reino Unido, mais 25% para a Holanda, 20% para a Espanha e o restante para outros países, entre eles, os Estados Unidos que correspondem a aproximadamente 5% do total. Na terra do Tio Sam, além do problema do câmbio, os produtores ainda têm que enfrentar a "janela de exportação", único período no qual é permitido que eles vendam as frutas.

Por isso, os empreendedores querem abocanhar outros destinos. Um deles é a Alemanha, um dos maiores importadores do mundo, inclusive de frutas. No entanto, o Brasil só participa com 3% de todas as frutas compradas por aquele país. "Já realizamos vendas para lá. O que queremos agora é participar mais desse bolo", declara o presidente do Coex, Francisco Segundo de Paula. Mais um passo foi dado durante a Expofruit com a presença de representantes da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK) que se mostrou bastante interessada em realizar negociações entre os dois países. "No momento em que a Câmara se propõe a vir conhecer a nossa produção é porque eles sentem a necessidade e a oportunidade de fazer negócios".

Este é um dos motivos de o Coex, juntamente com o Sebrae RN e o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), estimular a participação dos produtores na Fruitlogística 2009, feira internacional de frutas e hortaliças que será realizada na Alemanha em fevereiro do próximo ano. Outra ação é a realização de um workshop com produtores para esclarecer sobre o mercado alemão e suas oportunidades. Segundo de Paula acrescenta à lista de possíveis mercados com possibilidades de ampliação a Rússia, a China, o Canadá, a Lituânia e a Mauritânia, país da África.

DESCOBERTA
O presidente do Coex declara que, embora os processos para o início da exportação para estes países sejam lentos, os produtores estão se esforçando para alcançar estes mercados. A demora se deve ao fato de haver uma série de exigências de sanidade e qualidade que precisam ser atendidas. E, para isso, os países realizam uma série de auditorias e visitas para conhecerem e prospectarem os mercados vendedores. "Procuramos conhecer os mercados, saber de suas exigências: quais as frutas que mais desejam comprar, de que variedade. Entramos em contato com os compradores e iniciamos as negociações. Eles, por sua vez, querem conhecer todas as etapas do processo produtivo. São processos de médio e longo prazo, mas que estamos fazendo", explica.

Porém, há boas perspectivas, principalmente, no momento em que as frutas processadas são cada vez mais importantes para os consumidores. Polpas, sucos concentrados, pedaços de frutas em bandejas são algumas das possibilidades. O objetivo dos produtores, no entanto, não é se industrializarem e sim trazerem empresas para o Rio Grande do Norte que processem as frutas com interesse de exportar. "Sabemos que grandes multinacionais como Coca-cola e Nestlé hoje são os que produzem este material industrializado. O que queremos é conseguir atraí-las para cá e vender nossa produção também para elas".

VINÍCIUS ALBUQUERQUE
DA EQUIPE DE O POTI

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