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quinta-feira, 3 de julho de 2008

GREVE DOS CORREIOS - Correios ameaçam descontar dias parados de grevistas

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos divulgou hoje (2), comunicado onde informa que vai descontar os dias parados do funcionários que aderirem à greve. A paralisação foi decidida por trabalhadores dos Correios, em vários estados, na madrugada de ontem (1).

Na nota, a empresa justifica que a decisão foi tomada “visando a zelar pelo interesse da sociedade, se vê obrigada a adotar todas as medidas necessárias para a manutenção dos serviços, descontando os dias parados nos salários dos empregados que aderirem ao movimento grevista”.

Segundo a direção do movimento em Brasília, a adesão é de 70% da área operacional, e a partir de amanhã (3), deverá subir para 80%. A área operacional compreende carteiros, atendentes, motoristas e operadores de triagem e transbordo, que selecionam a correspondência para distribuição aos destinatários.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Distrito Federal (Sintec/DF), Moysés Leme da Silva Neto, a ameaça de descontar os dias parados é mais uma demonstração de “truculência” da direção da empresa.

Ele disse que a decisão não intimida dos trabalhadores, que vão continuar em greve até terem suas reivindicações atendidas: negociação de um Plano de Carreira, aumento do piso salarial de R$ 603,00 para R$ 1.119,00 e incorporação definitiva da gratificação de risco de 30% aos salários dos carteiros.

Moysés afirmou que essas reivindicações foram apresentadas ao presidente Lula, em reunião no Palácio do Planalto, realizada em novembro do ano passado. Segundo o sindicalista, na ocasião, o presidente chamou os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e das Comunicações, Hélio Costa, e mandou que providenciassem o atendimento da pauta apresentada pelos empregados dos Correios.

Ainda de acordo com Moysés, depois disso, o presidente da empresa, Carlos Henrique Custódio, se recusa a cumprir o acordo.

Os Correios alegam, na nota, que a empresa “em exaustivas negociações com representantes dos empregados, empenhou todos os esforços no sentido de atender as reivindicações dos trabalhadores, sem ferir a legislação vigente. Numa primeira etapa, pagou o valor pleiteado, a título de abono emergencial, a 43.988 empregados”.

A empresa relatou ainda que implantou os adicionais de Atividade de Distribuição e Coleta e o de Atividade em Guichê de Agências de Correios, no valor fixo de R$ 260.

Os Correios afirmam que os ganhos dos seus empregados, especialmente nos cargos de nível básico e médio, entre os anos de 2003 e 2007, foram superiores aos reajustes do salário-mínimo e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2003, o salário base inicial de carteiro era de R$ 395,94 e, hoje, é de R$ 603,66.

A nota dos Correios diz ainda que “outro importante ganho da categoria foi a implantação de um Plano de Carlos, Carreiras e Salários (PCCS) moderno, que contempla, dentre muitas outras vantagens, a possibilidade de ascensão funcional”.

Essa informação é rebatida por Moysés Leme da Silva Neto, que desafia o presidente da empresa a mostrar o acordo que deveria ter sido assinado com as entidades representativas dos trabalhadores para adoção do Plano.



Fonte: Agência Brasil

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