Tocantins contribui para diminuição do desmatamento na Amazônia Legal

Um dos nove Estados que integram a Amazônia Legal, o Tocantins, contribuiu para a diminuição dos índices de desmatamento na região nos últimos meses. De acordo com o sistema Deter – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, houve redução de 21% no desmatamento na região, de maio para junho de 2008.

De acordo com o INPE, Mato Grosso apresentou redução de 70% quando comparado ao mês de maio. O estado do Pará, no entanto, apresentou aumento de 91%. Já os demais estados, entre eles o Tocantins, apresentaram desmatamento pouco significativo.

No território tocantinense foram registrados 0,9 km² de áreas desmatadas no mês de maio, e em junho, 3 km². Se comparado ao mesmo período de 2007 nota-se uma diminuição considerável, já que em maio a área desmatada foi de 4,05 km² e no mês de junho de 3,9 km².

A diminuição dos desmatamentos no Estado deve-se a uma série de medidas adotadas pela administração estadual, através da atuação do Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins. Técnicos realizam o monitoramento da cobertura vegetal por meio da análise de imagens de satélite, identificando os desmatamentos ilegais para subsidiar o trabalho dos fiscais do órgão. Em outra ação, os especialistas verificam se as solicitações para desmatamento em propriedades rurais são necessárias, considerando-se a existência de áreas já abertas e subutilizadas.

O presidente do Naturatins, Marcelo Falcão Soares, destacou que o governador autorizou a contratação de mais técnicos para agilizar os procedimentos de análise dos processos de Licenciamento da Propriedade Rural. Além disso, a autarquia adquiriu uma Base Cartográfica Digital Contínua para inserção das Propriedades Rurais licenciadas para que seja monitorada a integridade das Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, e verificada a ocorrência de desmatamentos indevidos.

Em outra frente, o órgão firmou convênio com o INPE para o desenvolvimento de metodologias para monitorar e detectar a dinâmica de desmate do cerrado; e com o Ibama, no qual o Estado assumiu, desde 2005, a responsabilidade de emitir autorizações para desmatamentos e queimadas, e para o transporte e comercialização de produtos florestais.