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quinta-feira, 24 de julho de 2008

União Européia amplia a lista com fazendas de MT habilitadas

Após nova auditagem, sete municípios têm a carne bovina in natura liberada




Restrições da UE às propriedades do Estado são relacionadas à rastreabilidade, monitoramento do trânsito, nascimento e abate

MARCONDES MACIEL
Da Reportagem

O Comitê Técnico da União Européia (UE) ampliou de três para 12 o número de propriedades mato-grossenses habilitadas à exportar carne bovina in natura para o mercado europeu dentro das normas da rastreabilidade. A nova lista inclui os municípios de Rondonópolis, com duas fazendas, Pedra Preta (também duas), Poxoréo, Rosário Oeste, Gaúcha do Norte, Jangada e Nova Ubiratã, com uma propriedade em cada cidade. As três fazendas habilitadas anteriormente situam-se nos municípios de Juscimeira (duas) e Barra do Bugres (uma).

As liberações ocorreram em função das auditorias realizadas pelos técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT). O resultado da auditagem foi encaminhado ao Comitê Técnico da UE.

O presidente do Indea, Décio Coutinho, disse acreditar em novas liberações para Mato Grosso. “Mas, o produtor tem que procurar o Mapa e solicitar a auditagem, visando habilitação à União Européia”, lembrou.

Para o superintendente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Luciano Vaccani, a medida da UE ampliando a lista de propriedades habilitadas dentro do Sisbov “é muito importante para Mato Grosso, pois os pecuaristas têm interesse em exportar para esse mercado”.

Segundo ele, os pecuaristas defendem algumas “adequações” às normas da rastreabilidade para que possam ter mais fazendas habilitadas. “Se considerarmos um universo de 110 mil propriedades em Mato Grosso, 12 é praticamente nada”, criticou. Ele entende que o processo de implantação da rastreabilidade do rebanho bovino em Mato Grosso ainda está em fase embrionária. “É um processo muito complicado e oneroso para o produtor”.

As restrições da União Européia às propriedades rurais de Mato Grosso são relacionadas à rastreabilidade, ou seja, o monitoramento do trânsito dos bois, do nascimento ao abate. Em novembro do ano passado, algumas fazendas e frigoríficos apresentaram inconformidades que foram relatadas por veterinários da União Européia, em missão oficial.

Segundo o Mapa, a participação dos frigoríficos exportadores no processo de rastreabilidade é fundamental para garantir a segurança do sistema. “Se não houver uma posição firme de participar deste programa, será difícil executá-lo com êxito”, afirmou uma fonte da superintendência.

O sistema prevê um rigoroso controle de certificação do rebanho, que envolve a identificação dos animais, bem como o seu registro por um período mínimo de 90 dias na base nacional de dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Sisbov prevê que os pecuaristas terão duas opções para fazer o rastreamento: adotar brincos ou chips eletrônicos para a identificação dos bovinos.

Além dos fiscais federais agropecuários do Mapa, médicos veterinários habilitados dos órgãos de defesa agropecuária dos estados, como o Indea, também poderão avaliar o sistema de certificação e os procedimentos das certificadoras credenciadas para verificar as conformidades de acordo com as normas do Sistema Brasileiro de Rastreabilidade Bovina (Sisbov).

RECURSOS – O presidente do Indea, Décio Coutinho, informou que o Mapa liberou R$ 5 milhões para a sanidade animal, referente ao orçamento de 2007. A programação deste ano já foi feita e o Indea solicitou mais R$ 5 milhões, que deverão ser liberados após o período eleitoral.

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