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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

401 bovinos de origem desconhecida são abatidos no interior do Estado


MARIANNA PERES
Da Editoria

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado sacrificou ontem 401 cabeças de bovinos que foram apreendidas durante fiscalização de rotina na tarde da última terça-feira, no posto Palmarito, próximo à fronteira com a Bolívia. O abate foi realizado das 4h às 11h, num frigorífico no município de São José dos Quatro Marcos. Por serem de origem desconhecida, ou seja, sem documentação que comprovasse e garantisse a carga e o fato de estarem próximos da Bolívia, os animais não puderam ser aproveitados e nem doados, e por isso foram enviados às graxarias.

“Este é o procedimento previsto no código zoo-sanitário internacional. Animais com origem desconhecida a 15 quilômetros da fronteira, tanto do lado brasileiro como boliviano, devem ser sacrificados”, explica o presidente do Indea/MT, Décio Coutinho. As graxarias são empresas que coletam os ossos, gorduras, resíduos do abate de bovinos, aves, suínos e outros animais de consumo, processam e transformam em farinhas de carnes e ossos, de sangue, de penas, que são utilizadas para fabricação de rações para cães, gatos, peixes, aves e suínos. Além disso, aproveitam o sebo, que serve como matéria-prima para fabricação de sabão, biocombustível para fabricação do biodiesel, bem como combustível para gerar vapor na queima em caldeiras e os ácidos orgânicos, aplicados em diversos segmentos.

A interceptação dos bovinos, que viajam a pé vindos da Bolívia e depois são transportados por seis caminhões, foi possível devido às informações apuradas pelo serviço de inteligência do Indea, que cruzou dados com os ficais que realizam o trabalho de checagem e conferência do trânsito de animais no Estado. “O gado vinha a pé da Bolívia e as informações não correspondiam com a carga. Em nenhuma propriedade da região havia o registro de saída da boiada”, explica Coutinho.

A entrada de animais, principalmente de bovinos no Estado a pé, sempre ocorreu. “Mas, quando a origem é duvidosa, o abate é realizado”, frisa o presidente do Indea.

Coutinho explica que há um trabalho de cooperação técnica entre Mato Grosso e Bolívia na área sanitária, principalmente para o combate à febre aftosa. “Temos feito um bom trabalho na vigilância das fronteiras, afinal o Estado está há 12 anos sem registrar focos da doença”.

Mato Grosso registra mensalmente a presença de 180 fiscais, sejam eles cedidos por outros estados ou em circulação na região de fronteira. São dez barreiras sanitárias fixas, quatro equipes volantes e outras duas que circulam nas propriedades.

ROTINA – Há quase um ano, outra boiada sem procedência foi interceptada e sacrificada no Estado. O Indea/MT abateu 150 cabeças de gado que entraram no Estado de forma irregular, que foram incineradas. Naquela ocasião, os bovinos foram apreendidos em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 quilômetros oeste de Cuiabá), município que faz fronteira com a Bolívia e de onde se suspeita que o rebanho tenha sido adquirido.

“O abate ou a incineração é a garantia que temos de salvaguardar os rebanhos locais. Nossas equipes estão sempre atentas com o intuito de coibir o contrabando de animais para o território mato-grossense”, completou Coutinho.

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