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domingo, 31 de agosto de 2008

Agropecuária - Brasil quer exportar mais genética bovina

GITÂNIO FORTES
da Folha de S.Paulo

Maior exportador mundial de carne bovina, setor em que obteve receita de US$ 4 bilhões no ano passado, e o quarto maior na venda externa de gado vivo para engorda, o Brasil agora pavimenta o caminho no exterior para negociar mais genética bovina desenvolvida no país por meio de embriões e doses de sêmen.

Os pecuaristas brasileiros têm tradição na seleção de zebu, gado de origem indiana recomendado para a produção de carne e leite nos trópicos. Mas também há negócios com países de clima temperado.

Em 2007, os embarques oficiais de sêmen somaram 163 mil doses, crescimento de 55,5% em relação a 2006. Para este ano, é esperado outro crescimento expressivo, de pelo menos 50%, diz Gerson Simão, gerente de Relações Internacionais da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Segundo especialistas nesse mercado, o contrabando movimenta o dobro de doses comercializadas formalmente.

O país também exporta embriões. Há embarques para o Canadá desde o ano passado, e empresas montam centrais de reprodução em outros países da América Latina.

"O interesse pela genética brasileira em países como Venezuela, Paraguai, Colômbia e México é cada vez maior", diz o professor da USP Lino Rodrigues Filho, presidente da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial).

"Barrigas de aluguel"

O comércio internacional de embriões é outra frente que se mostra promissora, não apenas para países da faixa tropical. Desde o ano passado, o Brasil exporta para o Canadá.

Em novembro, seguiu para as instalações da Alta Genetics na região de Calgary, na Província de Alberta, um botijão com 48 embriões -12 de nelore, para produção de carne, e 36 de linhagens leiteiras (das raças gir, guzerá e girolanda), estocados em nitrogênio líquido.

Essa genética vai servir ao projeto pecuário de Roger Sosa, um dos diretores da Alta Genetics, dono de fazenda em Bennair, na Califórnia, Costa Oeste dos Estados Unidos, relata Heverardo Carvalho, diretor da filial da Alta no Brasil.

"Os embriões foram descongelados no fim deste mês, para que os nascimentos dos bezerros ocorram em maio", diz Carvalho. O descongelamento e o processo de implantação em "barrigas de aluguel" costumam resultar em 50% de gestação. Devem nascer 24 dos 48 embriões enviados ao Canadá.

Na última semana de julho, a central Bela Vista enviou para o Canadá 42 embriões da raça brahman, voltada à produção de carne. O botijão foi remetido, em parceria, para a central de inseminação artificial Semex, relata Maurício Nabuco, gerente da Bela Vista.

O diretor-geral da Semex do Brasil, Nelson Ziehlsdorff, diz que também há a intenção de mandar embriões das raças nelore, gir, guzerá e girolanda.

O objetivo da Semex é montar um núcleo para difundir opção de genética brahman nas Américas do Norte e Central.

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