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sábado, 16 de agosto de 2008

Bicudo aumenta ataque, mas reduz impacto

Da Reportagem

Considerado o principal terror do cotonicultor, o “bicudo do algodoeiro” voltou a atacar com forte intensidade as lavouras mato-grossenses, mas não chegou a causar grandes danos porque os produtores se anteciparam e fizeram um bom controle da praga.

“Este ano o ataque aumentou, porém as perdas foram menores”, disse o cotonicultor Sérgio De Marco, ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). “Os produtores estão realizando um bom controle e fazendo o manejo de forma correta e adequada no combate ao bicudo”, acrescentou.

De acordo com o agrônomo Omar Roberto da Silva, fiscal federal agropecuário da Superintendência Federal da Agricultura em Mato Grosso (SFA), o bicudo do algodoeiro manteve os ataques às lavouras na última safra. Nos últimos dois anos, segundo ele, as regiões mais afetadas foram as da Serra da Petrovina, na região sul do Estado, que concentra cerca de 60% da cultura, em Mato Grosso.

“Mas os produtores se uniram e fizeram um bom controle do bicudo, de forma regionalizada, via controle químico por meio de pulverização aérea durante o período de cultivo”, explicou.

Ele disse que para evitar maiores prejuízos, os produtores devem fazer o controle preventivo e evitar que algumas plantas continuem vivas na lavoura durante o período de entressafra, a fim de evitar a continuidade do ciclo de vida do bicudo. Outra medida de controle é em relação ao cumprimento do calendário de plantio. “Os produtores devem evitar o plantio fora desse período”, recomendou.

Segundo os produtores, a situação é mais grave quando são obrigados a aplicar mais pesticidas e agrotóxicos na lavoura e passam a ter custo de produção mais elevado.

De acordo com estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as aplicações de pesticidas e o controle da lavoura respondem em média por 20% do custo de produção em uma plantação de algodão, daí a necessidade de se combater a praga o mais rápido possível.

O combate ao bicudo vem sendo feito via pulverização de produtos químicos e do programa de manejo integrado nas lavouras. Os técnicos vêm procurando detectar a presença do bicudo também via armadilhas nas lavouras.

O bicudo do algodoeiro está presente hoje em cerca de 50% das lavouras de algodão de todo o Estado. A partir de 1994, houve uma forte expansão da praga e hoje grande parte das plantações está afetada. Em Mato Grosso, as lavouras com maior incidência são as localizadas na região chamada de Serra da Petrovina, ao sul de Cuiabá.

MAPA - Para padronizar as ações de combate ao Anthonomus grandis, mais conhecido como bicudo do algodoeiro, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou o Programa Nacional de Controle do Bicudo do Algodoeiro (PNCB). O programa tem o objetivo de fortalecer o sistema de produção agrícola do algodão, com ações estratégicas de defesa sanitária vegetal e suporte da pesquisa agrícola e de assistência técnica na prevenção e controle da praga. (MM)

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