Estudo revela que Pará precisa investir em sustentabilidade

BELÉM - Depois de dois anos de pesquisa a Embrapa e as Universidades Federais do Pará e do Acre vão apresentar o resultado dos estudos "Arranjos produtivos locais de produtos madeireiros e não-madeireiros nos estados do Pará e Acre”. A exposição acontece num workshop voltado para investimentos na área ambiental dos dois Estados, que começou ontem (13). Com isso, a empresa e as universidades pretendem criar alternativas economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis para o desenvolvimento da região.

No Pará a pesquisa foi realizada em 2007 no entorno da BR-163. Foram coletadas informações em cerrarias, marcenarias, fábricas de produtos alimentícios e indústrias produtoras de cosméticos e medicamentos naturais. O estudo destaca que o Pará tem um baixo nível de inovação tecnológica nos seus empreendimentos e ainda não tem a cultura de criar cooperativas entre as empresas do mesmo setor.

- Nossos dados têm um contraste muito interessante, mas apontam que o estado do Pará ainda está atrasado em relação aos procedimentos quanto a questão ambiental e a exploração de produtos madeireiros e não-madeireiros de forma manejada -, informou o pesquisador do Embrapa, Willian Castro.

Troca

Durante o workshop empresários, universitários, pesquisadores e ambientalistas vão poder trocar conhecimentos e experiências que devem ajudar no desenvolvimento econômico sustentável dos arranjos produtivos locais.

- As pessoas vão saber trabalhar melhor os recursos madeireiros de maneira sustentável. Nós queremos que o município se desenvolva com ênfase na preservação do meio ambiente -, disse Edvaldo Gambôa, da Emater.

Disponível

Os dados coletados durante os dois anos de estudos ficarão a disposição da população para que políticas públicas possam ser desenvolvidas para estimular o avanço econômico e uma melhor geração de renda aos municípios.

- A Embrapa, como coordenadora e líder do projeto, vai tomar todas as iniciativas cabíveis para tornar público e fazer chegar até as autoridades legais o estudo -, informou o pesquisador do Embrapa, Willian Castro.