Ministro da Agricultura libera plantio de cana-de-açúcar no planalto de Mato Grosso do Sul

ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ao deputado federal Dagoberto (PDT/MS), em reunião na manhã de hoje (20/08), que vai liberar o plantio de cana-de-açúcar na Região de Planalto de Mato Grosso do Sul. Nos próximos dias será publicado decreto, acertado em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, em que áreas de "uso consolidado" poderão ser utilizadas pelos canavieiros.

O parlamentar sul-mato-grossense afirmou que o ministro detalhou a proposta a ser adotada, sendo que as atuais áreas onde se planta soja, algodão e onde existe pasto poderão ser transformadas em canaviais, uma vez que "são áreas já utilizadas, que foram desmatadas e usa-se produtos que aumentam a produção, como agrotóxicos", destacou Dagoberto.

Stephanes disse a Dagoberto que o texto de liberação do plantio da cana-de-açúcar no planalto de Mato Grosso do Sul vai ser encaminhada ao Palácio do Planalto e deverá ser publicado nos próximos dias. O seu teor vai revogar as proibições impostas pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). "Ao liberar o Planalto do Estado para a cana-de-açúcar, será atendida uma reivindicação antiga que possibilita a expansão da produção do setor sucro-alcooleiro em Mato Grosso do Sul", destacou Dagoberto.

O parlamentar defende a cana-de-açúcar por considerar que esta cultura tem maior capacidade de preservar o meio ambiente. "Eu sou contra o plantio da cana na planície por ser prejudicial ao ecossistema pantaneiro, mas o plantio na região de Planalto será benéfico, uma vez que reduz a agressão ao solo, que causam erosão e assoreamento dos rios. Hoje, as plantações de algodão, milho ou soja são feitas três vezes por ano: safra, entre-safra e safrinha, o que obriga o produtor a revolver o solo, o que faz a terra ser levada aos rios, assoreando-os. Com a cana isso não acontece. A terra é revolvida a cada seis anos, a raiz é superficial e isso segura a terra", afirmou Dagoberto.

O próprio ministro do Meio Ambiente disse ser favorável ao plantio da cana-de-açúcar porque esta cultura reduz o assoreamento dos rios do Pantanal.

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