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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Agricultores já compram tratores pelo Mais Alimentos na Expointer 2008


As aquisições de tratores e máquinas agrícolas pela linha de crédito Mais Alimentos na Expointer 2008, em Esteio (RS), já começaram. A Agrale, por exemplo, entrega nesta semana, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, onde ocorre a mostra agropecuária, um trator de 18 cavalos encomendado por um agricultor familiar de Dois Lajeados, na Serra Gaúcha. O financiamento ocorreu pelo Banrisul.

“Esta nova linha de crédito é de fundamental importância. Mais de 50% dos nossos clientes são agricultores familiares. Estamos apostando muito porque o maior problema é que eles não tinham acesso a crédito para adquirir essa tecnologia”, afirma o gerente de vendas de tratores da Agrale, Silvio Rigoni. Ele informa que novos pedidos estão ocorrendo em todos os dias da feira.

A aposta da Agrale nas vendas pelo Plano Safra Mais Alimentos se reflete no próprio espaço da empresa dentro da Expointer. Um “Recanto da Agricultura Familiar” foi montado no centro do estande. É onde os agricultores familiares recebem informações sobre os descontos do Mais Alimentos e sobre as possibilidades de adesão à nova linha de crédito. O Mais Alimentos instituiu uma linha de até R$ 100 mil, com juros de 2% e o longo prazo de dez anos para pagamento. O agricultor familiar pode começar a pagar o financiamento em até três anos.

Para atrair mais a atenção do público da agricultura familiar, dos 11 tratores do espaço da Agrale, sete têm o adesivo do Mais Alimentos. São justamente aqueles estacionados em forma de “comissão de frente”, de 15 e de 30 cavalos, mais apropriados para o trabalho em pequenas propriedades. “Esta feira vai ser um diferencial para que técnicos da Emater e dos bancos entendam plenamente essa linha de crédito. Em 15 ou 20 dias, teremos superado esta etapa de busca de mais informações”, prevê Rigoni.

Além da linha de crédito, o Mais Alimentos dispõe de descontos de até 17,5% na compra de tratores, máquinas e implementos agrícolas. Esse incentivo à disseminação da tecnologia no campo deve-se a um acordo firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o setor de máquinas em todo o País.

Outras possibilidades em maquinário

Nem só os tratores incluídos no Plano Safra Mais Alimentos estão despertando a curiosidade de agricultores familiares como o fruticultor Vittorio Gasparetto, 56 anos. Descendente de italianos, ele cultiva 16 hectares com parreiras no município de Flores da Cunha (RS). Com as uvas da propriedade, produziu, este ano, 53 mil litros de suco da marca Mata Nativa. Interessado em maior praticidade na produção, agora vislumbra no Mais Alimentos a possibilidade de adquirir tanques de aço inox de 5 mil litros para a pasteurização e armazenagem do produto agroindustrializado.

“São dois meses de safra de uva todos os anos. E é esse tempo que temos para fabricar o suco do ano inteiro. Sem os tanques, tenho de gastar R$ 120 mil de uma só vez para o envase nos garrafões. E tenho de pagar na hora”, explica. “Os tanques iriam facilitar a produção e servir para eu não me endividar com o envase”.

A família Gasparetto é uma das 1.054 com produtos em exposição no Pavilhão da Agricultura Familiar, onde há auditório com uma programação de palestras. É ali que Vittorio Gasparetto pretende dissipar suas dúvidas.

Correção de solo

O diretor de Financiamento e Proteção da Produção Rural do MDA, João Guadagnin, que participa de palestras na Expointer, afirma que no Rio Gande do Sul não há área com solo não-aproveitável, o que propicia o aumento da produção de alimentos pelo aumento da produtividade. E a correção de solo é uma das possibilidades de financiamentos do Mais Alimentos, além das estruturas de armazenagem.

“O Mais Alimentos, visa, entre tantas outras coisas, adequar o solo das propriedades para uma produtividade maior. Isso significa recorrer a técnicas de conservação e à utilização correta de insumos para o solo: o calcário, o fósforo e o potássio, com a devida análise de laboratório, para a calagem; a adubação orgânica; a rotação de culturas; o plantio direto; e a agregação de leguminosas e plantas verdes, como o feijão, o tremoço, a ervilhaca, a mucuna. Isto é a essência do Mais Alimentos: a correção do solo para o aumento da produtividade”, reitera.

Nesta semana, na própria Expointer, o sistema do Banco do Brasil também passou a operar os financiamentos pela linha Mais Alimentos. Dos R$ 13 bilhões destinados a todo o País no Plano Safra Mais Alimentos para o período 2008/2009, foram reservados R$ 2,6 bilhões para o Rio Grande do Sul.

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