Secretaria da Agricultura destrói 20 mil mudas de eucalipto em Marmeleiro

Fiscais da Secretaria da Agricultura interceptaram no município de Marmeleiro 20 mil mudas de eucalipto, que estavam sendo transportadas sem documentação para uma propriedade rural de Dois Vizinhos. O caminhão, procedente de um viveiro de Campo Erê, em Santa Catarina, foi abordado durante um trabalho de rotina nas estradas daquela região.

O engenheiro agrônomo do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Paulo Jorge Marques, responsável pela operação, informou que as mudas eram destinadas ao plantio de reflorestamento e não apresentavam nenhuma garantia de qualidade. “A falta de documento atesta que as mudas não foram produzidas de forma legal e portanto não dá para garantir a sanidade dessa produção”, disse.

Segundo Marques, o mesmo motorista foi interceptado outras duas vezes pelo transporte ilegal de mudas. Desta vez, os fiscais decidiram destruir a carga, para inibir esse tipo de comércio. As mudas de eucalipto foram enterradas numa vala, no aterro sanitário de Marmeleiro.

O secretário da Agricultura, Valter Bianchini, ressalta que a ação contra o comércio ilegal de mudas visa manter a sanidade dos cultivos vegetais e evitar a infestação de pragas. “Temos que proteger o agricultor. Por isso não podemos permitir a comercialização de qualquer produto que não tenha sua origem comprovada”, disse.

Para trabalhar como vendedor de mudas, o Ministério da Agricultura exige inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, local de comercialização e que tenha condições necessárias para armazenar as mudas e apresentar o requerimento padrão preenchido. Não cumprindo estas exigências, o vendedor não pode atuar nesse tipo de atividade.

Para cumprir a ação, os engenheiros agrônomos da Secretaria da Agricultura se basearam na Resolução 05/08, assinada pelo secretário Valter Bianchini em janeiro desse ano. Ela estabelece medidas de defesa sanitária vegetal, para coibir o comércio ambulante de mudas no Paraná, por causa dos graves danos econômicos às lavouras e pomares instalados de forma regular.