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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vacina cura “ferida da moda” em cavalos

A Embrapa Pantanal acaba de apresentar no Ciência para a Vida uma vacina que cura a pitiose, doença que atinge humanos e animais, principalmente cavalos, também conhecida como "Ferida da Moda” e “Ferida Braba". O Ciência para a Vida é o maior evento de divulgação de pesquisas científicas promovido pela Embrapa, em Brasília, a cada dois anos. Aconteceu de 20 a 28 de setembro.

A pitiose é causada por um fungo que se desenvolve em locais alagadiços, especialmente nas regiões de clima tropical e subtropical. O Pantanal brasileiro é considerado a região de maior ocorrência de pitiose eqüina do mundo, mas a doença ocorre em todo o país e causa prejuízos significativos na agropecuária.

O agente etiológico (Pythium insidiosum) não é sensível às drogas antifúngicas existentes e causa a morte ou invalidez na grande maioria dos casos. O objetivo da tecnologia foi pesquisar, desenvolver, testar e aperfeiçoar um método alternativo para o controle da doença, baseado no tratamento com um imunobiológico desenvolvido pela Embrapa Pantanal e UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). O produto, apesar de popularmente chamado de vacina, é utilizado na cura da doença.

Chamado de Pitium Vac, o medicamento foi lançado há nove anos, com recursos captados do Prodetab (Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias). As pesquisas foram desenvolvidas na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal, e nos laboratórios da UFSM. O custo estimado para a criação da tecnologia é de R$ 109 mil.

De acordo com levantamento da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, até o momento pelo menos 251 produtores já adquiriram a Pitium Vac pelo menos uma vez. A redução de custo no tratamento foi de R$ 440 por animal.

A vacina ainda não é exportada, mas existe potencial para que seja usada em países onde ocorre a enfermidade, como Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Haiti, Panamá, Nicarágua, EUA (Flórida, Louisiana, Mississippi e Texas), Índia, Indonésia, Japão, Nova Guiné, Nova Zelândia, Coréia e Tailândia. Há possibilidade de adaptar essa tecnologia para o tratamento de humanos, já que esta doença também atinge essa espécie.

O pecuarista Emílio César Miranda de Barros, ex-presidente do Sindicato Rural de Corumbá, já utilizou a vacina em sua tropa e aprovou os resultados. “É muito boa, excelente. Antes a gente tratava cortando a ferida ou queimando. Quando estava no início, alguns animais saravam. Mas se a doença fosse avançada...”

Emílio Barros calcula que em uma de suas fazendas, de 120 cavalos, entre seis e oito apresentam a pitiose todos os anos. Ele calcula um prejuízo aproximado de R$ 4,2 mil por ano, considerando o custo de cada animal a R$ 600.

Outro produtor, Urbano Gomes de Abreu, disse que em áreas do Pantanal onde a cheia é mais expressiva e em fazendas mais suscetíveis à enchente, a pitiose eqüina pode atingir 10% da tropa.

Outra vantagem da Pitium Vac, segundo Barros, é o preço. “Não é cara. Você aplica três doses e acabou!”

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